- um texto sobre sentir medo, preconceito e (r)existir.
Ontem, meu namorado e eu fomos chamados por uma moça da coordenação do meu colégio para conversar com ela e os inspetores. O motivo? Deveríamos parar com as nossas demonstrações de afeto, afinal, elas eram exageradas, ofensivas e mau exemplo para os estudantes mais novos. As palavras da mulher, sob a desculpa de “não temos nada contra o amor de vocês, são as regras”, me sufocaram. Os outros funcionários carregavam expressões de reprovação, enquanto meu namorado, com os olhos marejados, segurava minha mão com força. Eu precisava falar.