Depois do baque com o cancelamento de Sense8 e da reviravolta após os pedidos e abaixo-assinados dos fãs, eis que no dia 8 de junho finalmente saiu o episódio final. Com duração de duas horas e pouquinho, essa série arrebatou o coração de muita gente e foi um hino de diversidade.

Se você não sabia, Dezembro é um mês que a comunidade LGBTPQ+ visa celebrar a Visibilidade Pan e é muito importante isso, não só porque é uma luta contra o preconceito, como também é um mês inteiro falando e conversando sobre pansexualidade (e por mais que tenhamos tentado chamar algumas pessoas pansexuais/panromânticas para falar sobre suas experiências ou porque é importante para elas esse mês, infelizmente não deu, mas sempre tem a próxima vez, não é?)

Não tem tanto tempo que foi anunciado que os produtores e os atores se juntaram para pedir um final para Sense8. E A NETFLIX TOPOU! VOCÊS TEM NOÇÃO DE COMO ISSO É BOM?!

Interrompemos a programação pra dizer que

MEU SENSE8 TÁ VIVO

Uma análise atrasada da série? Talvez. Um pensamento aleatório tardio sobre o que é a experiência de assistir Sense8? Mais provavelmente. Bem, todo mundo a esse ponto já sabe que durante um dos episódios nós ouvimos a música What's Up onde todos os sensates cantam juntos e, pessoalmente, é uma das cenas mais maravilhosas na série. E o que isso nos diz sobre Sense8?

Há algum tempo atrás eu fiz esse post indicando algumas séries que tinham uma certa semelhança com Sense8 por explorar a conexão humana e todas elas tinham algo a mais em comum: haviam sido canceladas e, de certa forma, não tiveram o final que os escritores esperavam alcançar.

Vamos ser honestos aqui: sexo é uma coisa que a maioria das pessoas fazem, em alguma etapa das suas vidas, e algumas gostam. Então porque esse é ainda um tabu? Por que o sexo ainda é tão maquiado e antinatural quando visto através da telinha? Só eu acho estranho quando os cabelos estão sempre impecáveis? Ou que os personagens só sabem fazer o básico e eficiente papai-e-mamãe? Ninguém conhece o Kama Sutra, não? E acessórios? 

Sense8 é a série que desde que teve sua estreia nessa Summer Season está aparecendo em todo lugar, sendo comentada por todos e apreciada pela grande maioria. E acho que, para quem já viu essa maravilha, podemos concordar que o principal elemento que torna essa série tão incrível é a conexão humana.

Já faz um bom tempo que uma trilha sonora não me impactava tremendamente (mentira. estava surtando com a soundtrack de Mad Max), mas não é sobre a trilha da Furiosa que irei comentar hoje.

Então, se ainda não deu pra perceber, nós no CC assistimos Sense8 e adoramos. Aí aconteceu algo muito louco: acabamos reunindo 8 pessoas diferentes para darem o próprio ponto de vista sobre a série. O que tem de louco nisso? Depois de ler esse texto vai ficar claro. 

Amor, raiva, culpa, tristeza... todas essas emoções são os que nos fazem, no final das contas, seres humanos. Mas não só isso: Nossa capacidade de se comunicar e se conectar aos nossos semelhantes, assim como nosso instinto básico por sobrevivência, nos definem como tais. É essa sopa de questões sociais, existenciais, filosóficas e psicológicas que nos estrutura como uma espécie única. E olhando por esse ponto, Sense8 nada mais é do que uma série sobre o que é ser humano.

Comentários sobre a última semana. 

O que pode acontecer em uma semana? Muita coisa. Quando eu escrevia no último domingo (e por curiosidade: acabei escolhendo ler o texto da prova mesmo. estranhamente, deu pra ler tudo) eu não sabia que a minha vida estava prestes a mudar. Mentira, eu sentia que algo estava acontecendo. Não é à toa que eu antecipei minha assinatura no Netflix pra uma semana antes de Orange Is The New Black. E o que aconteceu, leitor, é uma coisa chamada Sense8.