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A verdade por trás dos Contos de Fadas - A Origem

3.5.13Michelle


Contos de Fada estão na moda. Fato. Você liga a TV e encontra séries inspiradas neles. Vai ao cinema, e lá estão adaptações de tramas conhecidas. Passa pela livraria, e dá de cara com livros mostrando novas versões dessas histórias. Mas o que esses personagens têm de tão especial? Por que suas aventuras continuam atraindo multidões ainda hoje?

A Origem

Se para você todo conto de fadas começa com “Era uma vez...” e termina com “...e foram felizes para sempre”, parabéns! Você foi uma criança feliz e teve uma infância normal no Século XX. Provavelmente cresceu assistindo aos clássicos Disney e talvez tenha tido a sorte de ter alguém que lhe contava histórias na hora de dormir.

No entanto, se você tivesse nascido e crescido no Século XVIII ou XIX, provavelmente teria medo desses contos. Isso porque, naquela época, as tramas eram bem violentas e quase nunca acabavam bem. Mas, claro, os tempos eram outros. As pessoas morriam jovens e as crianças enfrentavam uma vida dura desde cedo. Medo de bicho-papão ou de monstro? Não faria nenhum sentido para elas. O temor dos pequenos era bem mais próximo e real: fome, doenças, ataques de animais selvagens e de desconhecidos. Nada mais sensato então do que contar aos filhos histórias que os preparassem para lidar com essas dificuldades, que os deixassem aterrorizados e que os fizessem obedecer aos pais.

Eu ouvi falar que algumas histórias envolviam tortura, estupro, strip-tease e até canibalismo...

Então ouviu certo. Antes de serem adaptadas para darem lição de moral nas crianças, essas histórias eram destinadas aos adultos e faziam sucesso nas reuniões sociais. E, se tem uma característica que os contos mantêm desde o início, é, certamente, a de refletir os valores e comportamentos das pessoas em suas respectivas épocas. Se, para nós, é chocante descobrir que a Madrasta da Branca de Neve é condenada a calçar sapatos de ferro em brasa e dançar até morrer, que a Bela Adormecida é abusada pelo príncipe enquanto estava em seu sono profundo e que a Chapeuzinho Vermelho faz um strip-tease para o lobo antes de ir para a cama com ele (na versão XXX) ou é obrigada a comer a carne e beber o sangue da avó esquartejada pelo lobo (na versão trash), é porque, felizmente, não vivemos na Idade Média, quando essas atitudes eram consideradas comuns, normais e aceitáveis, e podemos dizer que em alguns aspectos a humanidade evoluiu (ou pelo menos assim parece).

E provavelmente a grande fama dos contos vêm disso: Pessoas de épocas diferentes precisam de heróis e heroínas diferentes, precisam se identificar com seus dramas, precisam se reconhecer nos personagens. E os contos de fadas conseguem se adaptar sempre, sem perder a essência.

O que você vai ver por aqui esse mês

Durante maio a cada sexta vamos escolher contos de fadas específicos e mostrar a origem deles e como eles se transformaram ao longo do tempo. Você sabia que no suspense “MeninaMá.com” temos uma espécie de releitura do conto da Chapeuzinho Vermelho? A relação de livros como "Sangue Quente" com contos de fadas? Que provavelmente em uma das releituras mais realistas a Cinderela é gay? Isso no presente, porque no passado ainda há muito sobre esses contos a ser desvendado.

E quando disse muito, é muito mesmo. Conversando entre a equipe do CC sobre o tema a gente percebeu que por causa da Disney a própria origem desses contos são misturadas. Às vezes parece que Alice no País das Maravilhas, O Mágico de Oz e Peter Pan são da mesma onda de Branca de Neve e cia, enquanto na verdade são outra fonte.

E eu, (Dana), pessoalmente já tenho uma dúvida que quero descobrir: onde se encaixa A Bela e a Fera nisso tudo? Não encontrei nenhuma referência como contos dos irmãos Grimm, mas também não é tão nova quanto Peter Pan. Não faço ideia. Isso é uma das coisas que quero descobrir nesse mês. Vem com a gente!

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5 comentários

  1. Eii, adorei essa temática dos contos de fadas para este mês! =) É um assunto que me interessa e tem muito a ver com psicologia; uma vez li trechos de um livro que explica através da psicanálise esses contos que a gente conhece desde sempre, e as interpretações não são nada fofas hehe.

    Bjoka, Livro Lab

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  2. A Bela e a Fera é da Beaumont (na verdade não, mas eu esqueci o nome da outra moça e a Beaumont é quem adaptou mais próximo do que a gente conhece).

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  3. CARACA, JÁ VI MUITO CONTO BIZARRO! [tipo o da Bela Adormecida...]

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