carta CCdiário CCSexta

Do Paulo de 18 pro Paulo de 8

6.5.16paulo

Continuando a série de cartas para os nossos eus de dez anos atrás, aqui está a minha!

Foi uma tarefa esquisita e ao mesmo tempo muito prazerosa. Esquisito por estar escrevendo para alguém que não existe mais nesse plano temporal coisas que ele vai descobrir vivendo. Porém, como sempre, escrever foi uma ótima forma de auto-análise e auto-convencimento. Por mais que o destinatário seja uma outra versão de mim mesmo, a verdade é que o meu alvo é esse Paulo aqui, de agora. 

Bom, sem mais delongas, vamos lá:


CCLivros CCResenhas estreia literária

O que não existe mais, de Krishna Monteiro

3.2.16paulo


Em um livro de estreia, encontrar o ponto certo é bastante complicado. Como conquistar um leitor partindo do zero? Como comunicar sua mensagem de forma clara e eficiente? Como atingir o público desejado? Esse foi o desafio de Krishna Monteiro, um homem com uma rica trajetória na diplomacia que, aos 42 anos, inicia uma nova jornada – dessa vez, na literatura.

CCLivros CCResenhas depressão

Carta a um escritor morto (ou: Resenha de Uma História Meio Que Engraçada, de Ned Vizzini)

29.1.16paulo


Ned Vizzini,

Num certo momento de Uma história meio que engraçada, eu pensei: preciso enviar um e-mail pro autor desse livro assim que terminar a leitura. Na minha cabeça, já havia até esboçado algumas linhas, então dá para imaginar como eu fiquei desolado ao saber que você nunca poderia ler qualquer palavra escrita por mim. Não porque você é um daqueles escritores ermitões, nem porque sua caixa de entrada é lotada demais para conseguir pinçar meu singelo e-mail no meio de tantos outros. É porque você está morto.


Adriana Araujo Ana Luíza Albacete Carol Cardozo

CCAwards: Os melhores livros de 2015

15.1.16Eduardo Ferreira




Última parte do CCAwards desse ano e hora de descobrir os melhores livros de 2015.


Adriana Araujo Ana Luíza Albacete Carol Cardozo

CCAwards: Os Melhores Filmes de 2015

14.1.16Eduardo Ferreira

Sejam bem-vindos a mais uma edição do CCAwards!!! Se você é novo aqui e não faz ideia do que se trata, saiba que você chegou a premiação que impacta a vida de todos os seres da galáxia. Ok, estou exagerando, mas estou empolgada, então vem se empolgar comigo!!!



Adriana Araujo Ana Luíza Albacete Carol Cardozo

CCAwards: As Melhores Séries de 2015

13.1.16Eduardo Ferreira

















SPOILER -> 4 séries originais da Netflix foram indicadas nessa categoria. <- FIM DO SPOILER. Graças ao bom Deus que esse ano foi melhor em relação as séries. Teve estreias sensacionais, retornos maravilhosos e adeus impactantes *chora*. Suspeito que você não vai saber em quem votar porque os indicados da categoria Melhores Séries são apenas sensacionais. Desculpa.



Adriana Araujo Ana Luíza Albacete Carol Cardozo

CCAwards: Melhores Artistas Musicais de 2015

12.1.16Eduardo Ferreira

HELLO, IT'S ME!! Estoy aqui queriéndote convidar para conferir as nossas indicações de melhores artistas musicais de 2015. Esse ano foi difícil escolher porque teve muita coisa boa. Rihanna pode ter deixado a gente na mão, mas em contrapartida muita gente incrível ganhou os holofotes e outras retornaram com tudo. Ao som desse remix estranho de Adele com Shakira vem cá conhecer os indicados e não esqueça de votar.



autores brasileiros bienal 2015 Bienal do Livro do Rio de Janeiro

15 livros para comprar na Bienal do Livro de 2015

4.9.15paulo


A XVII Bienal Internacional do Livro Rio já está rolando desde a última quinta-feira, 3 de setembro, mas ainda dá tempo de você escolher quais livros comprar por lá!

Se tem uma coisa que eu aprendi na edição de 2013 é: mais do que comprar, a Bienal é um espaço para conhecer novos trabalhos e autores, sejam eles iniciantes ou não. Por isso, a listinha que fiz é bem tendenciosa nesse sentido; das quinze recomendações, várias delas são nacionais. Sério, gente, uma das coisas mais legais da Bienal é conhecer diferentes escritores, bater um papo, pegar autógrafo, tirar selfie e até virar amigo. Em que outro momento você vai ficar próximo de tantas cabeças criadoras da atual literatura brasileira?



CCLivros diário parceria

Licença-ausência: quando a vida não te deixa cumprir suas obrigações

10.8.15paulo

(imagem representativa de todos os meus problemas e livros se acumulando)

- um texto-paliativo, um texto-justificativa, um texto-desabafo

Acabo de olhar a minha conta no Skoob e a última vez que marquei um livro como “lido” foi em junho, bem no iniciozinho. Era Começo, da poetisa francesa Nathalie Quintane, que, por mais curto que seja, levei semanas para terminar - e só o fiz porque era uma obrigação. Houve o fator dificuldade dos poemas aí no meio, mas já era um prelúdio do que viria a seguir: dias e mais dias sem ler, livro começados e largados depois de poucos capítulos.

Todo mundo que lê bastante costuma passar por períodos de baixa no ritmo de leitura, eu mesmo tenho uma fase dessas todo ano. Os motivos variam, já fiquei sem ler tanto por falta de vontade quanto por levar uma rotina corrida em que não cabiam livros de entretenimento. Dessa vez, não foi o desejo que sumiu (pelo contrário, andei me interessando por mais e mais livros), o problema foi que eu andei tão desanimado e cansado e distante de tudo que não conseguia ler. Era uma sensação bem estranha até, porque a vontade de pegar um livro para ler estava ali, só que entre o querer e o fazer havia um buraco. Sabe quando você tá com a cabeça tão cheia que ler uma história só vai ser mais um peso?

Tá, mas por que isso é um grande problema? Se eu leio só por mim mesmo, para satisfazer um desejo pessoal, ficar um período sem ler não é um grande problema. A merda começa quando você faz isso por “trabalho”, quando há um compromisso na leitura. Como conciliar suas questões pessoais com suas responsabilidades profissionais? Apesar de não serem um vínculo legal, as parcerias que estabelecemos com editoras e escritores são acordos legítimos e, portanto, devem ser respeitados.

Esse é um dilema que tem me preocupado ultimamente. Digo isso do alto de minha inexperiência e ingenuidade quanto ao mundo adulto, já que o máximo de responsabilidade que eu tive até agora foram projetos de iniciação no colégio. Imagina se eu preciso entregar um relatório até determinado dia para o meu chefe e até lá não consigo desenvolver nada porque estou... tristinho? O que acontece no âmbito pessoal justifica falhas na esfera profissional?

Pensando nisso, lembrei de uma das propostas da oficina literária que participo, cujo tema era justamente as licenças da vida. Criamos leis fictícias para justificar ausências, e o texto de introdução descreve perfeitamente o meu questionamento atual:

“Quais licenças são necessárias para contemplar os estados de exceção em que as circunstâncias da vida lançam o trabalhador? Qual é, diante dos imprevistos da vida, o trabalho necessário para que se continue trabalhando, mesmo que para tanto seja necessário interromper por um tempo o tempo de trabalho?”

O meu estado de exceção impediu que eu cumprisse o prazo de publicação das resenhas das minhas leituras-dívida. Não consegui avançar muito em nenhuma das histórias - uma delas por não ter gostado muito, confesso - e fiquei num ciclo de pegar um, ler algumas páginas, largar, pegar o outro, largar e assim por diante. Aliás, na realidade, os três livros* em si também dificultaram o processo; cada um tem sua especificidade, mas todos compartilham de narrativas densas. E, bem, torna-se especialmente complicado ler um livro que exige de sua cabeça quando ela está cheia dela mesma. 
* A título de curiosidade, são: O gigante enterrado (Kazuo Ishiguro), A balada de Adam Henry (Ian McEwan) e O que não existe mais (Krishna Monteiro). 

Se você, querida pessoa leitora, achou este texto confuso… você está certíssima. Isso aqui é uma evidência de como é difícil produzir algo realmente bom quando se está numa fase ruim. Este é um texto que não pediu para ser escrito, que foi forçado a nascer para tapar um buraco. Eu precisava agrupar palavras para serem publicadas até hoje, então eu simplesmente saí escrevendo o que eu pensava sem ter realmente uma ideia clara de tudo.

Ainda não encontrei nenhuma solução, apenas esse paliativo, mas seria ótimo se na vida houvesse uma licença como essa:

Licença-ausência
Artigo único. É reservado a cada indivíduo o direito de afastar-se de suas atividades obrigatórias quanto a vida estiver uma bagunça e for necessário tempo para se recuperar. 

Cara Delevingne CCFilmes CCResenhas

Cidades de Papel: opiniões de papel sobre um filme de verdade

9.7.15Anônimo


Sinopse oficial:
Baseado no best-seller de John Green, Cidades de Papel é uma história sobre amadurecimento, centrada em Quentin e em sua enigmática vizinha, Margo, que gostava tanto de mistérios, que acabou se tornando um. Depois de levá-lo a uma noite de aventuras pela cidade, Margo desaparece, deixando para trás pistas para Quentin decifrar. A busca coloca Quentin e seus amigos em uma jornada eletrizante. Para encontrá-la, Quentin deve entender o verdadeiro significado de amizade – e de amor. 

O Paulo e o Diego tiveram a oportunidade de assistir à pré-estreia do mais recentemente lançamento John-Greeniano, 'Cidades de Papel'.  Agora que o filme vai ser lançado, é chegada a hora deles virem aqui contar o que acharam da adaptação. Será que 'Cidades de Papel' segue com dignidade o legado deixado pelo incrível 'A Culpa é das Estrelas'?


CCdiário CCEventos CCFilmes

Paulo em: um jornalista de papel assiste Cidades de Papel

7.7.15paulo










PRÓLOGO

“Na minha opinião, todo mundo tem seu milagre.” É o que diz Quentin, protagonista de Cidades de Papel logo no início do livro. O dele, por exemplo, é ser vizinho de Margo Roth Spiegelman. Eu não sei se concordo com essa coisa de milagre, pelo menos não com essa ideia de um único e grandioso milagre. Talvez a gente tenha alguns durante a vida. Mas independente do que eu ou o personagem de um livro achamos, posso dizer que tive algo próximo de um milagre recentemente: a Dana ligando para mim pelo WhatsApp. Era uma terça-feira de tarde, eu estava tirando um cochilinho e não entendi absolutamente nada quando recebi a ligação.


A Coragem do Primeiro Pássaro André Dahmer CCLivros

A Coragem do Primeiro Pássaro e a dificuldade de resenhar livros de poesia

25.6.15paulo

Para começar este texto, preciso recorrer ao clichê da introdução em que se afirma não saber o que escrever. Não estou me apoiando num lugar comum, eu de fato não sei. O que eu estava pensando quando aceitei resenha um livro de poesias? Já escrevi até uma newsletter falando sobre minha falta de afinidade com poemas, então é claro que resenhar algo do tipo seria um desafio.



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