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A polícia da gramática mata também

3.10.15Dana Martins


Tava eu de boa na Bienal quando Felipe me pergunta que posts estranhos eram aqueles no CC. E eu ??????? e ele "Um tipo conversa do msn sobre bandas" - aí caiu a ficha de que eu esqueci completamente de fazer a continuação de um ~experimento~ que eu fiz aqui em junho. 



Primeiro, vamos conversar sobre o post em si

Aquilo é um texto real que eu postei no meu blog no mesmo dia 10 anos atrás. Tudo nele é exatamente o mesmo. Até agora não sei o que significa "Eu leiu" no título (eu leio? por que eu ia falar isso???).



O texto é cheio de abreviações. Letras escritas erradas de propósito (muitu lindu). Erros de digitação. Eu não sei nem onde termina o estilo e começa erro por não saber mesmo. Minha parte preferida é que, depois de reproduzir um diálogo do msn, ainda digo "Tah num tava tudo escrito certo assim mas blz!!!" (essa provavelmente é a frase mais "certa" que eu escrevi no texto inteiro). 

Baby dana realmente achou que aquela parte era certa.


Esse era um blog que eu atualizava todos os dias. Desse jeito mesmo, falando de bandas e mostrando coisas aleatórias da minha vida. Eu usava muito como um tumblr pré-histórico. Nele eu tinha mais comentários do que no CC hoje, escrevia todos os dias e era pura diversão.

Junto com ele, eu tinha outro onde eu escrevia "historias" (logo depois que eu conheci fanfics e comecei a escrever as minhas). Aqui um trecho do início de uma:

O SP decidiu tirar ferias, tds foram juntos para um lugar klmo alugaram uma ksa de frente para a praia e td estava perfeito.
No 1° Daivd foi a praia com Pierre, os dois olhando o mar na areia.
David: Sabe Pierre, aqui só faltava a minha namorada.
Pierre: E vc tem namorada?
David: Não! Por isso eh q falatava, neh?!
Pierre: Realment seria mt bom está aki abraçado com a mulher perfeita olhando para esse mar...

(mal eles sabiam que iam terminar juntos)

Postava coisa nova todo dia e ainda me sentia no direito de dizer "SÓ POSTO MAIS UMA QUANDO CHEGAR A TANTOS COMENTÁRIOS" - e as pessoas comentavam!!!! Gostavam tanto que chegavam a encomendar fic pra mim.



Conforme eu fui crescendo, não só outros interesses me tiraram do foco, como eu fui tendo uma noção maior do que é considerada a escrita certa. Na época era muito comum escrever assim, sabe? Só que conforme os grupos de escritores de fanfic foram ficando maiores, a busca pelas fanfics de qualidade também - e qualidade significava escrita no português correto.

O português "correto" era uma linguagem que eu não dominava. Assim meu senso crítico aumentou e o resultado foi que eu parei de escrever.

10 ANOS DEPOIS #FUCKTHEPOLICE*


10 anos depois, minha escrita já não é tão ruim, eu consegui voltar a escrever... mas não totalmente. Ainda hoje eu tento recuperar aquele fluxo de animação diária que a Dana de 13 anos tinha. (e eu totalmente ainda faria essa piada da namorada ;x) 

Mas enfim, eu quis postar esse texto outra vez, não só pra brincar com um "túnel do tempo", mas também porque eu tenho esperança de que você se salve da polícia da escrita. 

Eu tenho esperança de que outras pessoas percebam que só porque não tá gostando do que escreve (tá uma porcaria, tá ridículo, tá clichê, tá cafona, tá mal escrito), não quer dizer que você não vá melhorar. Eu tenho a esperança de que você não precise passar anos sem escrever convencido de que não sabe, só porque você não está fazendo algo dentro dos padrões de "correto". 

E mais: é um exemplo de que mesmo algo que pode ser considerado uma merda pode fazer você e outras pessoas felizes. 

Tem noção? Eu tinha basicamente um clube de escrita arcaico naquela época. Eu passava o dia no msn escrevendo com a minha amiga com direito a mais gente na conversa que só queria poder ler! (escrita ao vivo vlw flw) E TUDO ESCRITO MAL ASSIM.

Aliás, esses dias reparei que uma das minhas fics preferidas hoje em dia é escrita praticamente em frases, não parágrafos. Li aquele troço, adorei, QUASE MORRI, aprendi sobre mim e sobre o mundo. Leria mais se tivesse mais. E, ainda assim, não é algo escrito de uma forma padrão que seria considerada correta. 



Se não for o caso de você estar se reprimindo, você ainda corre o risco de estar oprimindo os outros com essa polícia da gramática ou ideia de "português correto". Você tá fazendo os jovens escritores... não. Pera. Não apenas pessoas que querem escrever. Na internet todo mundo escreve. Você está fazendo cada pessoa não se achar boa o bastante pra dar a própria opinião. 

Tem noção do quão elitista isso é? O português "certo" é uma barreira social - se você "não sabe" escrever dentro dos padrões, você não pode usar a própria voz para se comunicar; só que apenas uma minoria tem o privilégio de ter acesso a um ensino para aprender o "certo". Então você tem justamente as pessoas que mais precisam de um espaço pra falar sendo caladas porque o "bicicreta" dela não é bom o bastante pra você.

E, verdade seja dita, mesmo que você tenha acesso a um ensino particular não é uma garantia maior de que você vá aprender a escrever. Meus maiores professores foram o Word e o Google. 

Pensando agora, eu usava muita abreviação como um mecanismo de defesa. Não consciente, mas o fato é que se você escreve tudo "errado" é mais fácil passar despercebido um erro real. E eu não escrevia "certo" não era porque eu não queria, era porque eu não sabia. Lembro que uma vez comecei até uma fanfic de Harry Potter e pedi pra minha tia professora de português "corrigir" pra eu postar num site de fanfic (ela nunca corrigiu) (dana triste). Mas o fato é que depois disso eu nunca mais escrevi fanfic de Harry Potter, porque existia essa barreira do "português correto".

E, bem, eu não to pedindo pra ninguém ler algo que acha uma porcaria. Mas pensar antes de começar a policiar o ambiente e começar a cagar regra. Agora eu to pouco me fodendo, uso "to" sem acento porque eu quero, assumi o controle do meu português e discuto com a gramática quando quero, porque não sou obrigada. Mas a Dana de 13 anos? Não.

E não é só a Dana de 13 anos. Se fazer parte do CC me ensinou algo - todo mundo tem essa insegurança de escrever e falar merda.

Só que o que acontece quando você fica calado?

Quem está falando? 


Coloque pra fora, querida. Escreve no livro. 



*Curiosidade: A expressão "fuck the police" (foda-se a polícia) vem da música "Fuck tha Police" de 1988 do grupo de "gangsta rap" N.W.A, que é um protesto contra a agressividade da polícia racista, porque sempre. (eu usar esse termo é apropriação cultural?) O que eu queria comentar aqui é que você vê o "tha" em vez de "the" no título original e se você reparar em muitas músicas de artistas negros o inglês """correto""" é usado com essas alterações, porque é uma linguagem de resistência baseada na forma como eles falam. Eles usam isso pra reafirmar a própria cultura. E é interessante como o título de música foi absorvido na cultura pop, o marcador "tha" foi apagado e as origens também. Então os caras literalmente fizeram um protesto contra o racismo, tiveram a expressão roubada e foram esquecidos. Esse é o problema da Apropriação Cultural. de não usar a sua voz. e da polícia da gramática. 

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16 comentários

  1. Caramba, esse texto foi um tapa na cara e também foi muito legal de ler ahah

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  2. Nossa meus forninhos caíram com esse texto!
    Era exatamente o que eu precisava ouvir (ou ler no caso)!

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    1. HUAHUAHUAH forninhos caíram por que? e que bom. eu tava em dúvida quanto ao texto e ver isso me anima <3

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  3. Gente, eu não estava esperando que daquilo surgisse ISSO. Foi um tapa na minha cara também, porque eu julgo demais coisas mal escritas nesse nível. Às vezes, eu entro no Wattpad pra dar umas lidas aleatórias, mas quando vejo uma história assim, eu já fico CÊ NEM TINHA QUE TÁ AQUI, LINDA e, plaft, plaft, na minha cara esse texto. Tinha que tá ali, SIM :S

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    1. !!!! muito bom. e até eu tenho isso. quando eu deixei de escrever eu continuei lendo bastante e sacaneava muito. lembro até hoje da história de uma calcinha voadora que eu sacaneei muito. mas....... acho que é importante repensar isso. primeiro, porque tem gente que nem repara. tinha umas garotas de outro blog na época que escreviam igual a mim E EU ABSOLUTAMENTE ADORAVA AS HISTÓRIAS DELAS. e a gente fica aí nesse "oh, a história perfeita, a história certa.." e sai um monte de coisa que ninguém lê. ou não tem um impacto de uma fanfic.

      de qualquer modo, como eu disse, não é uma questão de gostar/escrever porcaria, mas é de não matar os outros de acordo com os próprios padrões :B

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    2. lembrei agora que nem era isso que eu ia falar. Eu ia falar que isso também conta muito pra outros níveis até, tipo livros escritos por minorias, que não têm o mesmo acesso à "educação" clássica, ou nem são levados a sério (tipo a mulher) e tem um suporte pra escrever dentro dos ~padrões~. E aí os que conseguem escrever apesar disso tudo, por escreverem diferente são rebaixados a uma escrita inferior (eu fico pensando, minha avó vem de uma geração que não era encorajada a fazer além do ensino fundamental. minhas tias nem precisam tanto de faculdade. como você espera que tenha mulheres escritoras de renome? talvez até tenha, mas não escrevem da mesma maneira e podem estar sendo ignoradas e renegadas por causa disso)

      enfim, só que por algum motivo o seu comentário (por ser sobre o wattpad e me lembrar mais de um campo de """"escrita séria"""") me fez lembrar como essa visão também atrapalha minorias de conquistarem a própria voz.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. (Senti a pressão da polícia gramatical e apaguei este comentário para poder corrigir alguns erros e postar de novo. Mil perdões.)

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    2. Não precisa pedir perdão por nada. :)
      <3

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  5. Que texto amorzinho. A sua Dana-13-anos é um espelho da minha Larissa-13-anos (apesar de eu nunca ter aderido ao miguxa-speak porque o fandom de Harry Potter, que era o quadrante da internet do qual a Larissa-13-anos participava mais, reprovava muito esse tipo de escrita). A empolgação de escrever independentemente da propriedade gramatical do texto, o excitamento de compartilhar ideias com outras pessoas como você... Senti o peso da nostalgia.

    Foi lindo o que você falou sobre quem está começando a escrever e quem não tem muita segurança na própria escrita se sentirem intimidados diante dos batalhões de nazistas gramaticais existentes na internet. Como você disse, o meio mais comum de comunicação verbal da interwebs é a escrita; reprimir alguma forma de escrita intransigentemente pode fazer mais mal do que bem.

    Obrigada por compartilhar esse ponto de vista tão interessante. Ainda não tinha pensado dessa forma e sinto como se estivesse vendo a "luz" desse assunto pela primeira vez!

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    1. preciso comentar que não era miguxa-speak, era outro dialeto sinistro da internet (?) HUAHUAHUAHUAHUAHUAHAUHAUHA sério, eu tinha um certo protecionismo do meu dialeto e não era ~miguxês~. (é um ponto sensível)

      e obrigada por esse comentário. sério, eu acho que eu não tinha percebido que era um ponto de vista tão interessante assim, eu quase nem publiquei o texto!!! fico feliz de ter mostrado outro lado :)

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  6. Eu tinha lido esse texto nos rascunhos e tava processando até hoje, mas foi maravilhoso e importante.

    Eu acho que nunca disse, mas também já fui do team fanfic (de Naruto DFHDFH) e já escrevi da mesma forma. Ou quase, porque eu posso agradecer por ter tido uma educação privilegiada em casa e ter uma certa noção. Daí fui pensar por que isso - esse tipo de escrita - sumiu da minha vida. Tipo, é porque eu saí desses meios em que essa variante é usada? Por que eu tô num meio mais """"culto"""" agora e esse tipo de coisa não é mais válida pra mim? Ou por que eu ignoro tudo o que vem fora da norma padrão?

    É uma coisa estranha. Parece que mais do que sofrer esse policiamento linguístico, a pessoa é limitada a frequentar somente um espaço em que aquele jeito de escrever é validado. Tipo vídeo game: tem que atingir level x da habilidade (no caso, escrita) pra passar pra próxima fase (círculo social). Senão morre na hora que entra. Senão não consegue ~evoluir.

    (É claro que o objetivo é evoluir, e por mais que a gente não precise ter o português perfeito supremo, uma base comum é importante).

    Curioso, interessante, estou refletindo.

    E eu queria me retratar, porque eu posso parecer meio chato com esse assunto (tipo discussão do hífen em Mulher-Maravilha), mas tem mais a ver com a lógica por trás do que tá sendo feito do que querer calar a pessoa que escreve diferente. Tipo, se Homem-Aranha tem hífen e ninguém fala nada, porque Mulher-Maravilha tem todo esse ódio, sendo que as duas palavras são construídas da mesma forma? (talvez tenha algo a ver com o tamanho da palavra ou o fato de enxergarmos o maravilha mais como uma qualidade/adjetivo). É uma coisa que eu não entendo bem racionalmente, então prefiro que esteja lá. Porque fica uma coisa inteligível e que se encaixa numa regra geral. Pode ser praticamente inútil, mas, no final das contas, um dos maiores objetivos do meu curso é dominar a língua portuguesa, então é meio conflitante ;x

    Pra ter uma ideia: eu não me importaria tanto se abolissem o hífen dessas palavras de vez. Ele tem lá suas utilidades, mas seria muito mais simples sem mais um monte de regras e funções pra decorar.

    Só que ele ta aí, e eu tento lidar do jeito que consigo. Sem reprimir ninguém, sem cagar regra e calar o outro (algo que já fiz, agora tento não fazer mais. Tanto que até preferia revisar texto do que falar pra pessoa que ela tava "errando". A gente já teve até aqueles atritos no CC por causa disso), só que às vezes acaba saindo uma ou outra coisa sem querer. Tipo eu dizendo que o cara "errou" ao cadastrar o nome sem hífen no skoob aquele dia.

    Enfim.

    E eu achei interessante você falar como domina a própria linguagem, porque eu tento fazer a mesma coisa (até pra tentar incentivar um uso mais próximo da fala, mais natural e simples, e ir contra o estabelecido pelos teóricos), e sinto que usar o "tô" com acento ja é uma vitória. O mesmo pro "cê", UAHUAH.

    Talvez eu que seja tradicional demais com as coisas mesmo.

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    1. Eu continuo no meio menos """"culto"""" mesmo. HAUHAUHAUHA

      Eu não gosto muito da palavra "evoluir". Tipo, é óbvio que você melhora e, bem, você quer avançar. Eu não queria ficar eternamente escrevendo fanfic do mesmo jeito. Mas eu gosto mais da palavra >desenvolvimento< - é um desenvolvimento, características mudam. nem sempre é só pra melhor ou pior.

      no meu caso da escrita mesmo, melhorei em algumas coisas, piorei em outras.

      e eu adorei a sua metáfora, mas eu adaptaria ela vez de forma linear pra algo mais tipo um espaço amplo.

      Tipo imagina um mapa com várias casinhas, e aí pra entrar em determinadas casinhas você precisa de nível x de habilidade. E cada um vai pra casinha que quiser. Em vez de todo mundo subindo a mesma escadinha.

      Às vezes com o tumblr mesmo. Eu vivo lá e gargalho vendo certas coisas. Aí quando meu irmão tá aqui eu pego e mostro pra ele OLHA ISSO
      e ele: ...
      e eu: :D ??
      e ele: ...
      e eu: VOCÊ NÃO GOSTOU?
      e ele: sei lá, não achei graça

      e algo que literalmente me matou de rir. teve até uma vez que eu fui explicar algo e foi tipo "ah, pra você entender isso tem que ver que A é um meme usado que significa algo, que foi desenvolvido a partir do meme B, e aqui tem a cultura C..." (tipo, foi literalmente isso. a piada era montada em cima de piada interna que tava em cima de piada interna) Eu que to ali naquele meio e observei muito isso se desenvolver entendi sem nem perceber, ele morreu na entrada.

      tipo essas palavras ship, headcanon, otp. ou o fato de que as pessoas usam hashtag pra comentar coisa.

      e a não ser que você explore o mapa, você fica na mesma casinha com gente do seu mesmo "nível" (ou melhor: com as suas mesmas habilidades).

      pra constar, esses dias fui ler uma fanfic que era muito ruim. muito muito ruim. eu me sinto até mal porque eu dei força no primeiro capítulo e depois ficou tão ruim que eu não consegui mais acompanhar. mas o que eu faço? eu só fecho e vou atrás de uma que eu goste.

      e concordo na importância de uma base comum.

      no caso da Mulher Maravilha, acho que é costume e isso de ser visto como adjetivo. acho interessante que em inglês o Wonder tem um certo sentido de "monumento", tipo uma estátua emblemática poderosa. (o que é interessante, se você considerar a origem da MM, que foi construída no barro como uma escultura e como de certo modo ela é um "monumento" das mulheres - pensa em todas as conversas que tivemos). Se a gente encara Wonder mais dessa forma, faz mais sentido o Mulher-Maravilha - a mulher que é essa coisa emblemática. Mas o significado e a construção não foram tanto trazidas para o português.

      E talvez o ódio seja porque nós usamos de uma forma, porque virou comum usar de um jeito, e impor o hífen é basicamente roubar algo que é meu e tentar me dizer o que é o certo. É o conflito entre a construção orgânica da língua e a imposição artificial construída por alguém com poder.

      A imposição artificial é importante por causa da base comum - se eu posso falar com você hoje e a gente se entender é por isso. Mas ao mesmo tempo, a língua existe justamente para comunição, expressão, para o nosso uso. Dominar a minha própria língua é dominar a minha forma de expressão e pensamento. E se eu falo com você e a gente se entende, é também por causa disso.

      e eu vou continuar usando Mulher Maravilha porque eu quero. não é como se ninguém fosse não entender de quem eu to falando por não usar um hífen.

      enfim me perdi. acho que as nossas diferenças de lidar com a situação são bem lufa-lufa vs. grifinória mesmo. nós entramos em casinhas diferentes e é ok.

      eu acho importante ter a opção de falar, de mostrar como é o considerado certo (de acordo com o "oficial" da língua portuguesa). às vezes a pessoa tá falando de determinada forma por não saber ou não querer.

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  7. Que post mais... complexo. Muita coisa a se pensar e analisar.

    Só gostaria de acrescentar que eu já fui mais radical (ia usar "grammar nazi", mas fiquei em dúvida se ainda podia usar essa expressão?), mas assim como abri mão de querer provar sempre quando estou certa, também abri de "corrigir"/excluir pessoas que falam/escrevem errado. Isso porque 1. eu estou emburrecendo também; 2. tem gente que mal teve condições de estudar, como argumentar contra isso? Desde que eu consiga entender a mensagem, pra mim, está ótimo. Mesmo assim, confesso que ainda não consigo evitar me arrepiar toda quando vejo pessoas teoricamente estudas escrevendo coisas absurdamente erradas. Mas me controlo, respiro fundo e sigo a vida como se nada tivesse acontecido. Faz bem pra alma.

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  8. Cheguei aqui porque queria saber como se escreve direito, se é Mulher-Maravilha ou Mulher Maravilha. Aí cheguei num texto que meio que não tem nada ver com a minha dúvida, mas gostei bastante. Lembro os meus primeiros anos de ORKUT e Blogs, onde ficava sempre com medo de escrever, principalmente porque naquela época eu não colocava espaço entre as palavras e as/os vírgulas/pontos. Ou seja, escrevia tudo juntinho, ha, ha, ha...

    http://big-lui.blogspot.com.br

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