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Toda Luz Que Não Podemos Ver, de Anthony Doerr

13.11.15Isabelle Fernandes


Esse é aquele tipo de livro que não importa onde você vá, alguém que já leu aparece e diz "AI É MARAVILHOSO". Aquele tipo de livro que as pessoas falam tão bem que você se empolga e fica ansiosíssima pra ler. Aquele tipo de livro que quando você finalmente o tem em mãos e começa a leitura, começa a se perguntar "tá...cadê toda a maravilha?".

Certamente serei crucificada por essa resenha, mas a verdade é que Toda Luz que Não Podemos Ver foi uma verdadeira frustração pra mim. Tinha altas expectativas e uma sinopse que dava a entender uma coisa que jamais aconteceu, o que é claro foi a principal fonte da minha frustração. Querem saber por quê? 

Então vambora.

Tudo começou lá no inicio do ano, com a 4ª Turnê Intrínseca. Uma das moças que trabalham na editora estava falando sobre o livro, e gente, foi apaixonante. Inclusive cheguei a comentar isso no meu post sobre o evento. Ela falou tão bem do livro, de forma tão emocionada, dizendo o quanto ele era lindo e maravilhoso, que eu fiquei louca. Eu PRECISAVA ler aquele livro. E não foi só ela dizendo não, de lá pra cá uma pá de gente me recomendou Toda Luz Que Não Podemos Ver, até o atendente da minha faculdade!! Então é claro que além de estar ansiosa pra ler, minhas expectativas estavam lá no alto.

Se eu tivesse visto essa gif antes...

Aí finalmente estava com o livro em mãos. Comecei a ler. Já aviso que a narrativa dele não é linear, e em cada parte do livro você dá um salto no tempo. Mas isso pra mim é beleza né gente, assisto Doctor Who e sou apaixonada pelos filmes do Christopher Nolan, então estou mais do que acostumada e até gosto. Esse método também é ótimo pra te deixar muito curioso, se perguntando "como é que a situação chegou nesse ponto? onde tá o fulaninho? que diabos está acontecendo?". Werner e Marie-Laure, os protagonistas, são apresentados a nós com 18 e 16 anos, respectivamente, e estão vivendo uma situação difícil. Daí do nada já estamos em outra parte do livro, e vemos a infância dos dois. O princípio da caminhada deles até aquele primeiro momento que foi mostrado a nós. Eles eram crianças adoráveis, que tiveram suas vidas transformadas de uma forma bem triste.

Mas o tempo todo eu pensava: "QUANDO ELES VÃO SE ENCONTRAR E FAZER A DIFERENÇA NA VIDA UM DO OUTRO, NUM ROMANCE ARREBATADOR E CURADOR DE FERIDAS DA GUERRA??"

Só faltou a pipoca pra essa gif retratar a minha cara lendo e esperando pelo tal encontro

Não gente, eu não tô maluca. Eu acho. A questão é que eu sou uma grande shipper, que consegue deduzir futuros romances só com algumas palavras em uma sinopse ou orelha da capa. Foi exatamente isso o que aconteceu nesse livro: um parágrafo na orelha me fez criar expectativas de um romance entre os dois.

"Em uma história de amor e bondade, as vidas de Werner e Marie-Laure vão se encontrar em tortuosas circunstâncias, enquanto ambos tentam sobreviver às atrocidades da Segunda Guerra Mundial"

É óbvio que eu estava COMPLETAMENTE enganada.

Não tem romance, não tem amor, não tem bondade, não tem felicidade. Tem porra nenhuma que não seja desgraça, miséria e tristeza. Eu normalmente fujo de histórias ambientadas em guerras justamente porque elas narram muitas coisas horríveis, mas eu achei que esse livro ia ser diferente, poxa. Achei que ele além de me passar esses sentimentos ruins, também me passaria sentimentos bons. Mas a verdade é que esse livro não me passou nada. Nadinha. Todas as pessoas que me recomendaram disseram que ele é emocionante, mas eu não senti emoção alguma (a não ser quando, décadas à frente, mostra um pouco a Jutta, irmã mais nova do Werner).

Tudo o que eu conseguir sentir, mais pro final do livro, foi revolta. Os personagens que eu mais gostei tiveram um desfecho extremamente infeliz. E os que sobraram viveram até os tempos atuais, mas tinham vidas que me pareceram muito tristes, monótonas. Acho que foi a forma como o autor escreveu, porque a Marie-Laure, por exemplo, disse que era feliz na maior parte do tempo e etc, mas a narração não me passava isso, sabe. Só me passava desalento. Fechei o livro me sentindo frustrada, iludida e totalmente idiota HGUDFHGIUFDHGIDHFGIFHGD.

É...tá...tá legal. É isso, né? É isso MESMO?

Você aí, leitore que esteja lendo esse post e já tenha lido o livro, será que você também achou um horror? Ou eu sou o único ser nesse planeta que detestou um livro ganhador do Prêmio Pulitzer de Ficção 2015?? Pode parecer bobagem, mas a experiência que eu tive com esse livro fez com que eu me sentisse muito inculta. Eu fiquei muito mais maravilhada e emocionada com Os Sombras, da J.R.Ward, que é uma autora de romance sobrenatural erótico, do que com um livro premiado e exaltado pelos entendedores da literatura.

Enfim. Minha nota então é:

3,5 conversinhas
Dei essa nota porque o livro é bem escrito, bem amarrado mas
não me conquistou nadinha



Ficha Técnica


- Autor: Anthony Doerr
- Editora: Intrínseca
- À venda emSaraiva - Livraria Cultura - Submarino








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4 comentários

  1. Odeio, ODEIO, sinopses que deixam a gente esperando uma coisa que jamais acontece.

    Eu tinha essa impressão de toda luz que não podemos ver, porque todo mundo fica dizendo que é maravilhoso, mas não, não li. Nem sei se quero também AHAHAHAH

    Adorei sua resenha <3

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    Respostas
    1. Olha, se você gosta de desgraça, pode ler HUGIDHGIUHDFIGHDFIGHIFD

      Ou histórias ambientadas na guerra

      Caso contrário, FUJAAAAAAA

      E obrigada <333

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    2. Fui eu (Bells) que respondeu, tá

      Tava na conta do cc quando vi seu comentário e esqueci de me identificar HGUIDFHGIFDHGIFDHIGD

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  2. Olha, FINALMENTE alguém concorda comigo. Li várias resenhas sobre o livro que falavam que ele era maravilhoso, emocionante, fiquei super empolgada e comprei, acabou que eu nem consegui terminar de ler.

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