Album review Breathe in. Breathe Out.

O novo CD da Hilary Duff e o retorno da música simples e boa de verdade

2.7.15João Pedro Gomes


Eu não sabia direito o quanto eu gostava de Hilary Duff até ouvir o CD novo dela, Breathe In. Breathe Out., mas já tinha fortes influências dessa mulher na minha vida. Ela tava lá quando eu comecei a ouvir música de verdade na Play TV. Ela tava lá cantando pra mim na Sessão da Tarde. Ela tava lá na minha playlist do Rdio de lavar a louça. E tava lá nesta última semana fazendo os amigos elogiarem o CD que tinha acabado de sair (detalhe: era gente que eu nem sabia que ouvia essas coisas).

Obviamente, tive que averiguar o produto final. E eu tô ouvindo repetidamente desde então.


(Antes de prosseguir lendo, acho importante você dar play aqui pra ir ouvindo o CD e conseguir aproveitar melhor o post. Bem importante mesmo. Se preferir, tem os links individuais nas músicas que eu for citando :)

Eu nem lembro o que tava fazendo da vida que ignorei totalmente o lançamento dos primeiros singles dessa nova fase, Chasing The Sun e All About You. Provavelmente ocupado ouvindo Taylor Swift ou Maroon 5 (é, amigos, sou cria da música pop. Lidemos com isso. ¯\_(ツ)_/¯)

De qualquer forma, eu tenho essa coisa de me agarrar na música e ficar ouvindo até ela perder a graça (o que pode levar SEMANAS), e não teve uma lacuna na época que desse um espacinho pra Hilary entrar. Só fui (re)descobrir que esses dois singles existiam uns meses atrás num post da Jessygt e UOU, UOU, UOU. Vamos apreciar essas músicas direito.

e cantou All About You pra sempre
Eu acho que fazia muito tempo que eu não ouvia algo tão......... simples. Uma das coisas que eu mais gosto nas músicas da Hilary é que eu sei que elas vão ter aquele estilo pop mais descomplicado e gostoso possível. Ok que ela tem umas coisas mais carregadas de informação sonora, tipo With Love, que eu demorei muuuuuuito tempo pra aprender a gostar. Mas geralmente sempre tem a batida simples e envolvente, a letra com sons e rimas viciantes... dá uma sensação de limpeza e harmonia que dificilmente tem em outros cantores do tipo por aí. O que eu acho ótimo, porque eu quero totalmente morrer quando vou ouvir uma coisa e, sem motivo algum, o instrumental atrapalha a voz do cantor, a letra não encaixa no ritmo da música ou qualquer coisa assim.

Se alguém souber lidar com milhões de sons simultâneos na música: me ensina
E o bom é que as músicas têm simplicidade e nem por isso se tornam datadas. Não têm cara de artista que acabou de sair da Disney, sabe? Não que isso seja negativo, mas dá pra ver que o som (não só nas letras, mas como um todo) tá mais maduro do que outras canções igualmente ~simples~, tipo Come Clean. É bom ver que ela conseguiu adaptar o estilo próprio pros dias atuais e ainda continuar tão reconhecível. Pode ter um efeito ou uma batida diferente, pode cantar com um tom mais agudo, mas continua com a Hilary adorável de sempre. 

Música antiga é legal, mas tem coisa que apenas não dá mais ): ( E levanta a mão quem lembra do clipe na chuva o///)

Com isso tudo, a combinação total das faixas do CD acaba virando uma aposta bem segura. Se o Breathe In. Breathe Out. fosse um livro, seria daquelas indicações certas que você sabe que a pessoa que curte aquele gênero vai gostar. Tipo A Culpa é das Estrelas pra quem gosta de YA. 

Pra quem não confia em mim tá em dúvida se vale a pena ouvir o CD, os singles são um bom termômetro. Muitas das músicas são tão viciantes quanto All About You, Chasing The Sun e Sparks. Essa última, aliás, é uma das minhas favoritas no álbum todo, e dá vontade de assoviar o refrão pelo resto da vida (até já reclamaram aqui em casa por acordarem de madrugada e ouvirem eu assovindo loucamente, foi constrangedor UAHUAHUA).

Além dos singles, My Kind e Lies valem totalmente a pena pela pegada levemente eletrônica que funcionou muito bem. São os melhores exemplos da renovação que eu citei ali em cima, e é até assustador comparar com as antigas dela nesse estilo. E Night Like This, o dueto com o Kendall Schmidt (aquele do Big Time Rush), é uma das músicas mais gostosas que eu já ouvi. Eu diria que parece uma daquelas grandes canções de musical adolescente à la Camp Rock, só que um pouco mais refinada no estilo. Vira e mexe eu tô ouvindo no repeat.


Ah, e tem Tattoo, que é composta pelo Ed Sheeran (exercício bacana: imaginar o Ed cantando. É totalmente o tipo de coisa que ele cantaria. Mais um motivo pra ouvir), e uma outra da Kerli, que chama Confetti (talvez seja a mais eletrônica do álbum) e tem um refrão que parece da Carly Rae Jepsen (até na voz, é bizarro). Não sei se isso é bom e essa tá longe das minhas favoritas, mas é bem daquelas músicas contagiantes de baladinha que te empolgam a sair dançando pela casa. 

Resumindo pra três: Sparks, My Kind e Night Like This. É só clicar em cada nome pra ouvir e, pronto, já te convence a ouvir todo o resto, o que eu realmente espero que você faça. Muito desse CD me mostrou que músicas simples e legais ainda podem existir sem parecerem ultrapassadas e que dá pra se reinventar sem se perder no caminho. (viu, Britney?)

No fim das contas, eu só tenho a agradecer por esse álbum. Por ele ter trazido de volta aquelas músicas que fizeram eu me apaixonar pela primeira vez.

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