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[Resenha Misturada] Boyhood, da infância à juventude, filme

17.2.15Unknown

 - "Boyhood, da infância à juventude"
 - Boyhood (2014)
 - Direção: Richard Linklater
 - Roteiro: Richard Linklater
 - Elenco:  Ellar Coltrane, Patricia Arquette, Elijah Smith, Lorelei Linklater, Ethan Hawke...
 - Drama - 165 min - Trailer
 - Nos cinemas brasileiros desde 30 de Outubro de 2014








Minicrítica ~ Sinopse:

Boyhood - da infância à juventude lembra muito um documentário, porém nada documental. O longa conta a história de Mason (Ellar Coltrane) durante doze anos - dos 6 aos 18 anos - e como ele lida com o cotidiano, o amadurecimento, pais separados, a escola e uma irmã mais velha exemplar. 6 indicações ao Oscar 2015: Melhor Filme, Melhor Diretor (Richard Linklater), Melhor Ator Coadjuvante (Ethan Hawke), Melhor Atriz Coadjuvante (Patricia Arquette), Melhor Roteiro Original (Richard Linklater) e Melhor Montagem

Quer saber mais? Clica aí embaixo ;)

O que o Diego achou?

Assistir esse filme pode ser um pouco chocante para um marinheiro de primeira viagem. O roteiro é quase inexistente, o ritmo do filme é muito incomum e demora para você se acostumar com essas coisas. Na verdade, o propósito no filme não é se apoiar em um roteiro forte, mas se desprender dele para promover algumas reflexões sobre a disparidade entre os recursos artísticos através dos quais nós nos acostumamos a observar as coisas e a realidade em si, crua como sempre foi. Já tratei desse assunto falando do filme aqui, caso queiram uma análise mais aprofundada - porém com spoilers.

As atuações são fantásticas e o filme se esforça para não recorrer a arquétipos com os personagens. Se superficialmente a gente pode julgar todos eles como clichês - o pai ausente, a mãe solteira ou a irmã chata , através da história nós vemos cada um desses personagens se provarem muito mais humanos. O trabalho vai ficando cada vez melhor conforme os anos passam. O filme amadurece com os atores, criando uma sobre crescimento quase que literal. É algo bem bonito de se ver - 
embora, não vou mentir, seja um filme super lento e que nem todo mundo vai gostar.

No final das contas, a verdade é que esse filme me conquistou pelas reflexões que me causou. Muito além de ser bom ou ruim, chato ou legal, não dá para negar que é um filme inteligente, e eu aplaudo isso. Eu já revi o filme desde então e tenho certeza de que voltarei a ele. Também tenho certeza de que se visto seis anos atrás, ele teria causado outra impressão em mim, assim como causará se eu assistir daqui a seis anos. É uma característica típica de filmes que lidam com grandes espaços de tempo: pessoas em diferentes épocas da vida terão novas percepções a respeito do que é dito.

Sobre a nota:  5 conversinhas. Fazer o quê? Eu sou fácil de agradar, aparentemente. Gostei muito do que eu assisti.


O que a Elilyan achou?

Boyhood é um filme chato, mas tão chato que conseguiu me fazer dormir no cinema, mesmo sem estar cansada. É sério! Fiquei chocada quando fui despertada no final da sessão pelo lanterninha (ainda se chama assim o cara que é funcionário do cinema?). Tinha me programado para tentar assistir novamente esse filme, mas véio, na boa, não fui, não. Decidi que posso muito bem assistir no conforto do meu lar. Então lá fui eu ser torturada...

Richard Linklater dedicou 12 anos da sua vida à realização desse filme, mas se ele tivesse dedicado 12 minutos para o roteiro, a história da vida de Mason (Ellar Coltrane) seria menos monótona. Boyhood é uma janela para a vida tal como ela é na realidade, mas mesmo a realidade possui momentos que valem serem destacados. A narrativa é tão linear que tive a impressão que fiquei 12 anos assistindo ao filme. Se Boyhood ganhar Melhor Roteiro Original, vou xingar muito no Twitter!

Apesar de meu desprezo por um filme mediano, Boyhood tem lá seus méritos: Ethan Hawke e Patricia Arquette estão excelentes e é interessante ficar buscando descobrir saber em que época a narrativa se encontra através de objetos de cena, como Harry Potter e tamagochi, e músicas. 


Sobre a nota: 2,5 conversinhas. Boyhood não é ruim, mas também não é essa obra-prima que andam alardando aos quatro ventos. 





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