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6 coisas que me viciaram em Faking It

3.6.14ConversaCult


Faking It mal lançou e já tem um histórico polêmico e reuniu um fandom apaixonado, mas a série corre risco de ser inovadora demais para o conservadorismo da televisão e ainda não tem futuro garantido. Resultado: os fãs fazem uma enxurrada de listas de motivos para convencer as pessoas a assistirem. Se eu fosse resumir o que dizem, seria: "TEM LÉSBICAS. ASSISTAM!"

Mas... NÃO. Não me representa, #nãoésópor02lésbicas. A série tem muito mais coisas legais e é isso que eu vou mostrar nesse post.

Heey, todo mundo! Eu to faz umas 5 semanas lutando pra conter meus sentimentos e conseguir fazer um bendito post sobre Faking It (okay, eu já fiz um). E TERÇA É DIA DE EPISÓDIO NOVO. OMG. QUEM TÁ ANIMADO? Eu queria ver uma briga karmy rolando, porque sim. Mas acho que vamos ter a Karma fazendo o que ela faz de melhor: sendo cega. Agora tão perto do final eu sinceramente não sei o que de novo eles vão nos trazer, mas depois do último episódio não duvido de nada. Dá pra acreditar que dia 10 a temporada acaba? :(((((((((((((((((((((((((


Episódios novos de Faking It saem terças à noite, assistam o último episódio em inglês no site da MTV pra dar views e nós resenhamos os episódios no facebook


Tá, vamos ao que interessa. Esses fãs são tão organizados, que eu vou começar dividindo com vocês algumas imagens do Karmy Headquarters para você ter uma ideia dos motivos que as pessoas dão. Logo depois, outras coisas que me viciaram na série.






6- História de colegial com qualidade!

Sabe filmes tipo Meninas Malvadas, Easy A e 10 Coisas que Eu Odeio em Você? Imagina se fossem uma série. Não, não imagina, assiste Faking It! Eu adoro tanto histórias de colegial, adolescentes travando suas batalhas, a comédia afiada, o potencial do romance e o desespero pra ser alguém enquanto descobre quem você é. Bem, se você sabe, você sabe. Vá assistir.

Pensando agora, se o Oliver fosse protagonista e tivesse uma road trip, Faking It também poderia ser um livro do John Green.

Oliver e sim, isso é papel higiênico

5- Adeus aos estereótipos

Eu to tão feliz, tão tão feliz com esse ponto. Não basta fazer uma história com tudo o que eu gosto, é uma história real. Eu poderia tentar definir os episódios principais com uma palavra só, tipo Mentirosa, "Lésbica", Mestre, Pegador e Barbie. Mas é tão tão injusto. Não existe a boa garota e a menina malvada puramente.

Deixa eu dar o exemplo da menina malvada. Loira, linda, ameaçadora, sem coração. Você não faz uma história de colegial sem ela e Faking It não é diferente. 

foca nas amigas-capangas dela ali atrás
Nós temos a Lauren, que mora junto com uma das protagonistas, a Amy, porque seus pais se casaram e quer fazer de tudo para ser popular. Assim que ela entra em cena você sabe quem ela é, ou pensa. Porque nós vamos descobrindo uma menina determinada, que esconde um lado solitário e que depois de fazer umas maracutaias para conseguir uns privilégios com a diretora, inclui na lista de exigências "vaga para deficientes." (o tipo de detalhe que você percebe reassistindo pela 5ª vez) Isso é tão natural que ela não deixa de ser a menina malvada, mas passa a ser uma pessoa também.

4- Valores invertidos: uma utopia, um exemplo ou uma estratégia narrativa?

Talvez você tenha ficado um pouco confuso com a menina malvada tendo que fazer de tudo para ser popular, mas é que na escola de Faking It, a Hester High, as coisas parecem mais o tumblr. Gays, artistas e feministas são os populares. Os alunos são engajados em protestos. Então ser super normal como um simples jogador de futebol ou a barbie não basta para ser popular. Não é uma escola onde tentam se encaixar, é uma escola onde você precisa se destacar. Por isso Karma e Amy ficam populares quando todos pensam que são o primeiro casal de lésbicas.

Se pegando em frente a escola enquanto todo mundo comemora

Agora... isso é realista? Eu diria que sim e não.

Repare nos cartazes
Mas não vou entrar no assunto, direi apenas que hoje em dia os jovens enxergam as coisas bem diferentes. Se o CC fosse uma escola, definitivamente seria bem parecido com a Hester High e isso é uma realidade. Ao mesmo tempo, todo mundo sabe que a cultura influencia a maneira como nós vemos as coisas, então por que não criar um ambiente mais idealizado em vez de reproduzir as coisas negativas que 29389238 histórias já fazem? Só pra completar, isso dá a chance deles focarem no que realmente interessa. Eles conseguem tocar, sim, na dificuldade de você ser aceito, mas ao mesmo tempo conseguem focar nos personagens descobrir o que querem. Se aceitarem.

3- Eles sabem o que estão fazendo

Às vezes você assiste algo e parece que os criadores estão na lua e você aqui, mas com Faking It não. Além da equipe ser super acessível nas redes sociais (tem um twitter oficial até pra os escritores!), eles deixam claro que sabem que estão lidando de assuntos sérios ou que a premissa de algumas coisas pode ser problemática. Então uma hora você encontra um diálogo pra mostrar que nem toda escola é como a Hester High, em outro momento a Lauren aparece com um comentário bem colocado (aliás, é ela a primeira a gritar para as duas meninas fingindo: VOCÊS ESTÃO ZOANDO O MOVIMENTO LGBT+).

 

Às vezes eu penso que poderia ter sido escrita por alguém do CC.

2- Personagens bem construídos, histórias de verdade e assuntos bem desenvolvidos

Tudo bem, eles têm só 20 minutos e 8 episódios, então não é como se eles pudessem se aprofundar em todas as questões sérias e nos 5 personagens principais. Mas eles bem que poderiam ganhar um Oscar por tudo o que já fizeram até aqui. (tipo, sério. você parou pra contar quanto tempo 8 vezes 20 minutos dá? eu não, mas sei que dá um filme um pouco longo)

Então o foco é na Amy e na Karma, que ficam com a amizade em risco quando decidem fingir. Em parte porque Amy descobre que talvez não queira só fingir e entra numa jornada pessoal de se descobrir. Pausa. Se descobrir. Não se descobrir como lésbica ou sei lá. Ela descobrir o que gosta, lidar com os próprios sentimentos e tomar conta da própria vida. É bem legal. Já o lado da Karma é que como se ela tivesse acertado na loteria, de repente ela pode ficar com o garoto popular da escola, ser adorada pelos pais, dar entrevistas e é convidada para festas - tudo o que ela e metade do mundo sempre quis. Percebeu o "adorada pelos pais" ali? Não vamos abrir essa porta se queremos sair daqui hoje.

 

Um exemplo de tema sério abordado é sexo. Primeiro que sexo nem é mostrado como tabu, mas não quer dizer que a primeira vez deixe de ser questionada. O que eu acho mais legal dessa parte é que faz a gente refletir sobre essa visão comum de sexo como um "objeto" - Karma nem pensa sobre o que vai fazer, ela vê como algo lógico a fazer. Você é popular, tem o garoto popular, você faz sexo. "é o que as pessoas populares fazem!" (aliás, isso é um tema sério. não conseguir fazer sexo não é o que o Elliot Rodger deu como razão para matar as pessoas e se suicidar? Seria ele uma versão extrema da Karma?

1- Atores que tornam cada segundo genial

Aqui o prêmio máximo vai para a Rita Volk (em segundo lugar Rita Volksbody). Minha vida online ganhou tão mais expressão depois que ela apareceu. Eu penso que se querem fazer uma boa adaptação de um livro em primeira pessoa, ela é a atriz certa. Você não precisa de diálogos ou narração para entender tudo o que a personagem sente.




A Katie Stevens: você provavelmente vai se irritar muito com a Karma, mas é difícil fazer isso com a Katie Stevens. A. voz. dela.



Michael J. Willett: se depois de assistir essa série você não quiser sequestrar ele ou o Shane, eu duvido da sua sanidade.



Bailey Buntain: Ela é incrível fazendo a menina malvada mais adorável do planeta. E a voz dela? E os olhares de ódio dela?






(distância)


(mundo)


(universo)



Gregg Sulkin: É difícil separar o personagem do ator, porque tem taanta coisa errada aí. Mas eu gosto que tenha um personagem assim. Sobre o ator... Eu lembro que no início da temporada eu ficava "ele é muito estranho ou muito bonito?" Agora eu fiquei com o muito bonito. E às vezes ele é extremamente adorável, mesmo quando é um idiota completo. Se você duvidar das ações da Karma durante a série... bem, olhe para o Gregg Sulkin. Dá pra entender, vai? Foco no episódio 6.



VOCÊ NÃO FOI ASSISTIR AINDA?????

Vou parar aqui, porque estou esperando o fim da temporada para começar as minhas análises (ou entrar em depressão) e dar o veredito final. E ainda há a possibilidade da série não ser renovada (eu fingindo que sou realista enquanto morro por dentro). Eu to tão viciada em Faking It que se pedirem meu endereço é capaz de eu responder a tag da série no tumblr (#fakingit, caso alguém queira me visitar). Bem, só saiba que no fim das contas a garota lá em cima está quase certa. Faking It é uma série que você pode se identificar. Se você tem dúvidas sobre sexualidade, ótimo. Mas não só por isso. Se eu sobreviver vocês vão ver mais sobre isso aqui.

E eu citei a comédia? E eles saberem que incluir é mais do que colocar um negro e uma mulher "forte"? E saberem escrever bem? E a trilha sonora? É tanta coisa que não tenho nem forças pra comentar tudo.

Então, é isso. Eu só queria lembrar que Faking It não é nenhum pornô gay ou um romance fanservice e tem muuuuuito mais coisa legal. E mesmo se fosse só por elas, eu continuaria assistindo. ELAS SÃO LINDAS.


(por que alguém não assistiria a série só por causa disso?)




-dana martins



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5 comentários

  1. Eu assistiria até se fossem 20 minutos da Rita Volk parada, sentada numa sala vazia, e só.
    Mas sério, povo que não viu: ASSISTAM LOGO!!!

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  2. Compartilho de tudo inclusive da Rita Volk parada numa sala - o Shane tbm serviria - , meu deus, é a melhor série do gênero desde sempre. É um aconchego pra quem sente saudades dos filmes colegiais e cara, é incrível. Vou assistir o 7 agora :D

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  3. CHEGAAAAAAAA NÃO AGUENTO MAIS VOCÊ FALANDO SOBRE ESSA SÉRIE E EU SEM SABER DO QUE REALMENTE SE TRATA. Me venceu pelo cansaço. Verei :P

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  4. Exatamente, tipo, só de ver a Rita com as caras de odio dela pra a Lauren ou pra o Liam é perfeito kkkk odeio a Karma (sim me julgue, não gosto dela u.u) mas a Katie é... mds como o Senhor fez ela e não fez ela como minha BFF? O Shane, eu me caso com ele rapidinho u.u kk o Liam me dá nos nervos ~sempre~ mas só de lembrar da cara dele no ep 7 quando descobriu do menagé eu já amo ele de novo kkk a melhor série desde... sempre!

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  5. Foram varias coisas que me viciaram em Faking It, mas vou dar só três motivos:
    1: Rita Volk
    2: Rita Volkbody
    3: Margarita Volkovinskaya :v

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