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[Resenha] The Way We Fall, de Megan Crewe

5.2.13Dana Martins

por Dana Martins
- Livro: "The Way We Fall"
- No Brasil: "O Fim de Todos Nós"
- Livro 1 - The Fallen World Trilogy
- Autora: Megan Crewe
- Editora: Hyperion Books
- Editora brasileira: Intrínseca
- No skoob - skoob br
- Próximo: The Lives We Lost
OBS: O segundo livro foi lançado em 12 de fevereiro de 2013 nos EUA e a Intrínseca confirmou lançamento no Brasil para 19/04/2013.





Mini-crítica - Resumo: 
Crianças sozinhas, pessoas escondendo uma doença contagiosa, jovens assaltando lojas, adultos enfurecidos e todos abandonados à própria sorte numa ilhazinha em quarentena... Como sobreviver a isso?

The Way We Fall é como qualquer livro YA sobre o "fim" do mundo, só que uma história tão possível de acontecer que o livro poderia até entrar na prateleira de YA Contemporâneo. Eu diria que é um As Vantagens de Ser Invisível feat. Apocalipse Z (ou Resident Evil, se preferir). Nós vamos lendo o diário de Kae que decide registrar sua mudança para uma Kae mais "sociável", só que um vírus começa a se espalhar pela ilha onde ela mora e tudo fica de cabeça para baixo. O pai dela trabalha o tempo inteiro no hospital, enquanto Kae, a mãe e o irmão tentam se manter intactos dentro de casa.

Quer saber mais? Clique abaixo para conferir a resenha completa.

A Igra já falou aqui sobre não julgar um livro pela capa, mas eu julgo e foi por isso que comprei The Way We Fall. Amarelo e preto é uma combinação irresistível e o livro parecia legal. Até começar a ler eu não tinha muita ideia sobre o que era, tinha a impressão de que seria algo meio pós-apocalíptico...

E no final das contas, me surpreendi muito. Não sei nem colocar em palavras o quanto eu gostei do livro. Não é lá um Jogos Vorazes da vida, mas para quem gosta do tema é bem legal. E é sobre o que?


Um vírus. 

Kae é uma menina retraída que prefere passar horas observando animais em vez de ter que falar com uma pessoa. Por causa disso foi ficando cada vez mais sozinha e acabou afastando Leo, seu melhor amigo. Cansada disso, ela decide que vai mudar dali pra frente e começa a escrever um diário para contar a Leo seu progresso.

Então no início vemos ela relatar um pouco de seus dias e seu avanço para ser a nova Kae, enquanto pequenas coisas estranhas vão acontecendo. Um espirro aqui, um segredo ali... quando vamos ver a situação já passou do limite.

Para completar, a cidade dela é uma ilha que acaba isolada por precaução. Isso cria uma mini-área estilo histórias apocalípticas onde as pessoas precisam se virar para sobreviver.

Uma coisa legal que aconteceu comigo é um dos sintomas é a pessoa se coçar e eu me coçava inteira lendo  o início do livro!!! HUAHA

The Way We Fall é como um livro de apocalipse zumbi, só que o vírus causa outros efeitos. Em vez da tensão de alguém aparecendo para tentar te comer vivo, o medo maior é do doente te contaminar.

Aliás, a própria personagem faz a comparação com zumbis, algo como "em vez da pessoa parecer um animal e você ver a ameaça de longe, ela fica toda amigável e quer se aproximar de você - só para acabar espirrando na sua cara e pronto." 

Se você leu uma boa história de zumbi, você provavelmente sabe que o maior perigo acaba sendo os outros sobreviventes. E isso não falta em The Way We Fall.

Eu gostei muito de como a história foi desenvolvida e os personagens nela, todos sendo afetados de alguma maneira real. Por não haver uma tensão tão grande como num livro de zumbis, esse lado pôde ser muito bem aproveitado.

Assim com livros tipo Correr ou Morrer, Jogos Vorazes e outros meio survivor, há vários temas legais que acabam desenvolvidos.

Ainda há outros detalhes que dão cor ao livro que valem destaque. A protagonista é negra (primeiro livro que eu leio assim, acho), o irmão dela é gay, o melhor amigo dela quer ser dançarino, há uns jovens que criaram um clube de luta e interferem na história... Não vá pensar que é estilo Lady Gaga, esses elementos são encaixados na história de forma natural. Principalmente o romance - tão simples e legal que é um alívio. Até ler esse livro não tinha percebido o quão cansada eu estava desses romances que são o maior drama na vida da pessoa, como se ela não tivesse mais o que fazer.

E, enfim, o mais legal de tudo é que é uma história real. Pode acontecer e pode já até ter acontecido. Imagine que rolou uma doença nova estilo aquela gripe suína e está se espalhando na sua cidade, então decidem te isolar e pronto. The Way We Fall.


Se eu fosse reclamar de uma coisa do livro é que ele é sobre a """queda""" mesmo, quando a contaminação toma conta. Quando fica claro que o vírus venceu a história acaba e nos deixa a espera do resto. Não fiquei completamente ansiosa, mas deixou pontas demais abertas.


Sobre a nota: Daria 4 porque mesmo que não seja aquela história AI MEU DEUS QUE COISA MARAVILHOSA VOU MORRER, é bem escrita e não falta nada. Mas decidi dar um 4,5 porque é realmente a única que eu conheço que aproxima um universo estilo Raccoon City (Resident Evil) com YA e história de contágio sem parecer aqueles filmes de "adulto" chatos.

Classificação:



(4,5/5 conversinhas)

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3 comentários

  1. Vi algum lugar que esse livro seria uma distopia lançada pela Intrínseca, mas acho que não se encaixa nesse gênero, já que - não sei bem como descrever o livro já que não li...
    Enfim, fiquei um pouco interessado, e achei um pouquinho original a autora criar um vírus que não é zumbi, mas apenas que vai levar a morte. - E quem quer morrer? E acho que uma das tensões da história é você não saber se aquelas pessoa está contaminada... ou seja, tem que viver isolado?
    Parece ser um livro bem legal, e quando lançar por aqui, vou dar uma olhada :D

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  2. Oi o/

    Eu já tinha visto a capa desse livro e achei muito bonita também. Amarelo e preto é amor.
    Então, fiquei muito interessado nesse livro! A história parece realmente legal. Essa coisa de vírus é bem interessante, pois, mesmo no mundo real, quando surge uma epidemia de alguma coisa dá pra sentir aquela tensão geral pairando sobre as pessoas. E isso deve ficar ainda mais legal num livro, onde há a possibilidade de mostrar isso mais claramente.

    Pelo que você disse sobre a trama, consegui associar um pouco com a Idade dos Milagres, por causa da coisa de protagonista retraída + evento. Gostei tanto dele que esse é mais um motivo pra ler The Way We Fall.

    Por falar nisso, esse título é ótimo e impactante. Não sei se já tem tradução, mas espero que seja um que também seja forte como o original. Assim que sair aqui no Brasil (já que sou lerdo e não sei ler em inglês) vou comprar e depois digo o que achei.

    Parabéns pela resenha :D Abraços o/

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  3. Já estava imaginando o enredo desse livro realmente acontecendo Japão ou na China, é bem possível né não? Acho que não dá pra categorizar como distopia. Gostei demais desse título. Vou esperar a Intrínseca lançar!
    Ótima resenha, beijos!

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