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De que é feita a Lemonade de Beyoncé?

23.11.16Colaboradores CC


Em 23 de abril, a cantora lançou oficialmente o sexto álbum de sua discografia e o segundo “álbum visual”, cheio de simbologia, arte e muita música.


Queen B estava em turnê desde abril de 2013 com sua The Mrs. Carter Show World Tour, e não esperávamos nada parecido com o que tivemos. A tour estava acontecendo quando fomos positivamente surpreendidos.

Madrugada de 13 de dezembro. Os fãs de Beyoncé são pegos com a notícia de que a cantora acaba de lançar o seu quinto disco, simplesmente chamado Beyoncé. E mais: o álbum já estava disponível para compra online via iTunes e mais: vinha com um videoclipe para cada faixa, fora extras.

A internet foi à loucura com o lançamento, e durante algum tempo só se falou na jogada de mestre que foi a liberação do material. Beyoncé estava com tudo. Suas músicas nunca falaram tanto com a mensagem que ela quis passar com o disco, o primeiro desde o nascimento da filha. O trabalho foca na emancipação feminina pós-maternidade. A cantora fala em recuperar a sexualidade, em estar apaixonada como nunca e canta sobre emoções como perdas e o amor por sua Blue Ivy.

O disco foi nomeado em diversas categorias nos prêmios Grammy de 2014 e 2015, mas o destaque foi a perda do álbum na categoria de “Álbum do Ano” para Morning Phase, de Beck, o que deixou a beyhive (como é chamado o grupo de fãs da cantora) enfurecida, e não sem razão. O disco quebrou recordes de vendas, de mídia e ainda assim demonstrou qualidade... Vai entender.

Após pouquíssimas apresentações em premiações para promover o disco, relançá-lo em sua versão platinum e terminar a turnê, Beyoncé entrou em mais um hiato. Daqueles de nos deixar assim “o que é que ela está aprontando?”.


ESPECULAÇÕES, O SUPERBOWL E FORMATION

Assim, passamos o ano de 2015 com poucas performances e mesmo poucas aparições públicas da artista. Bey cantou no Grammy em fevereiro, foi vista inúmeras vezes saindo de seu escritório e no mês de setembro se apresentou nos festivais Made in America e Global Citizen, que não trouxeram novidade em termos de repertório novo.

Durante o período em que esteve ausente, Beyoncé ainda foi clicada ao lado de mães e familiares de vítimas da brutalidade da polícia americana. Participou do Rally 4 Peace de Prince, no qual teve contato com as mães de Freddie Gray, que foi morto aos 25 anos por um policial sem que tivesse cometido um crime, e Mike Brown, de 18, morto numa tarde de sábado enquanto saía de seu apartamento rumo ao de sua avó.

Beyoncé e Jay Z ao lado de familiares de Freddie Gray

Beyoncé, sua mãe Tina Lawson e Alicia Keys ao lado de Lesley McSpadden, mãe de Mike Brown

Com isso, já era visível o tom que Beyoncé dava às suas aparições públicas. Ela já havia ido ao velório de outra vítima da brutalidade policial (Trayvon Martin), mas algo dizia que, com tantos casos como esses, ela se posicionaria em sua música. Mas não havia confirmação de nenhuma espécie. Tudo especulação. Isso revela não uma tentativa de ser porta-voz, mas sim de posicionamento e amadurecimento pessoal.

Muitos dizem “ah, mas a Beyoncé nunca falou de feminismo” (jura? Oh “Independent Women, Pt. I” aí!), “nunca foi engajada a ativista de telão”. Bom, se nunca foi, não sei. Mas sei que as pessoas amadurecem. Artistas desenvolvem uma perspectiva. A arte, para mim, trata disso, de pontos de visão.

Enquanto isso, produtores declaravam estar em estúdio com Beyoncé, o que também denunciava que havia material novo a caminho. Entre eles, D.R.A.M. e Mike Will Made-It.

Em dezembro de 2015, a banda de rock alternativo Coldplay lançou o disco A Head Full of Dreams, que conta com participação de Beyoncé na faixa "Hymn for The Weekend" e anunciaram que fariam o show do intervalo em fevereiro de 2016, na 50ª edição do Superbowl.

No fim de 2015, a rainha foi vista no estádio onde havia se apresentado no Superbowl em fevereiro de 2013. O Mercedes-Benz Super Dome fica em Nova Orleans, a maior cidade do estado da Louisiana. Isso já indicava que haveria uma temática de “volta às raízes”, pois os estados do sul dos EUA são absurdamente discriminados em vários aspectos.

Em janeiro, é divulgada a notícia de que Bey se apresentaria ao lado de Coldplay e Bruno Mars no Levi’s Stadium, na Califórnia, mas não tínhamos um single. O pensamento foi o de que seria a música do novo disco da banda, o que já seria bom, uma vez que Beyoncé não nos presenteia com performances com frequência.

No entanto, na véspera do evento, 06 de fevereiro, a internet é surpreendida com um novo videoclipe da abelha-rainha: "Formation". Um clipe com imagens do sul dos Estados Unidos, com uma mensagem “pare de atirar em nós” e com uma intérprete orgulhosa de suas raízes no Alabama, na Louisiana e no Texas, e orgulhosa dos traços negros que sua família possui.

Tínhamos material para o Superbowl e com certeza seria essa a apresentação. Mas a surpresa foi maior.



A JORNADA ENTRE O SUPERBOWL E LEMONADE

Beyoncé na 50ª edição do Superbowl

No domingo, dia 07, Beyoncé faz uma performance do seu mais recente lançamento, a música "Formation". Beyoncé apareceu vestida num figurino parecido com o que Michael Jackson havia usado no evento em 1993, e suas dançarinas usavam um figurino parecido com o utilizado pelos afiliados ao partido dos Panteras Negras, figura importante no quadro do movimento pelos direitos civis que explodiu nos EUA nos anos 1960. Esses foram famosos por assumirem uma postura diferente do grupo liderado por Martin Luther King, Jr., que rejeitava o confronto corporal. 

Acima, o figurino usado na apresentação. Abaixo, integrantes do partido das Panteras Negras

Após se apresentar enaltecendo sua negritude e fazer um X no palco (Malcolm X, gente!), Beyoncé foi duramente criticada pela mídia conservadora e seus representantes. Como no videoclipe de "Formation" ela se afunda junto a uma viatura policial em protesto contra a brutalidade da polícia, o ex-prefeito da cidade de Nova Iorque foi a público se posicionar contra o que chamou de “ataque àqueles que salvam vidas”, enquanto uma jornalista acreditava que tomando aquele posicionamento, “Beyoncé não deixava a ferida dos EUA se curar, alimentando o ódio entre as raças”. Indícios de que, se o objetivo era incomodar, ela o tinha alcançado com êxito.



De outro lado, temos a crítica que recebeu o álbum com positividade, destacando as nuances da simbologia do audiovisual em inúmeros aspectos. Além disso, é importante o destaque que a mídia deu para a abordagem do feminismo negro, ao lado da questão do racismo.

Logo depois foram anunciados a turnê mundial The Formation World Tour e um especial para a HBO chamado Lemonade, cuja data foi depois revelada: 23 de abril. Seria um documentário? Um filme? Um especial para a TV? Não sabíamos.


LEMONADE: ÁLBUM VISUAL

Aqui começo a falar da minha perspectiva sobre o lançamento, como homem branco. Minha recepção é certamente diferente, mas tentei buscar várias fontes para trazer novas perspectivas.

Na noite do dia 23 de abril, é lançado o especial de TV chamado Lemonade. Trata-se de um monólogo com videoclipes das canções do sexto disco solo da cantora, que leva o mesmo nome. Após ir ao ar pela TV, é liberado na plataforma de streaming Tidal, liderada pelo marido de Beyoncé, o rapper e empresário Jay Z. Seu release de imprensa o caracteriza, em tradução adaptada, como “a jornada de autoconhecimento e cura de toda mulher”.



O filme é preenchido por Beyoncé declamando poemas de Warsan Shire, poetisa de 28 anos, filha de somalis que nasceu no Quênia e que mora em Londres. Seus escritos tratam da relação da mulher negra com o mundo e as pessoas que a cercam. Esse é o ponto de partida de Lemonade. Todos buscavam interpretações como as de que era baseado na possível traição de Jay Z, que era um álbum que falava sobre negritude, mas poucos falavam sobre a visão da mulher negra sobre seus episódios mais particulares.

Assim somos apresentados a uma representação visual da música muito mais coerente do que a que Beyoncé apresentou no anterior. Temos onze capítulos e doze canções, que formam uma referência-elemento à perspectiva de Bey.

Há um elemento forte na imagem de Lemonade: a releitura. Isso abre portas para a discussão da questão da arte na pós-modernidade, o copyright, a cópia... Mas isso expande demais a nossa discussão. Deixemos para a próxima.

O filme em si é dividido em capítulos cujos títulos aparecem em legenda, como no cinema mudo. Cada capítulo sintetiza a ideia que ela quer passar, que é, por fim, concretizada na letra da música e sua representação visual. O mote para o desenrolar é a inicialmente suposta traição que ela sofreu, e os estágios emocionais pelos quais passou até chegar à cura.


INTUITION (INTUIÇÃO)

Beyoncé em "Pray You Catch Me" e frame de "Cidade dos Sonhos", dir. David Lynch

Beyoncé fala sobre suas raízes. Sobre a traição das mulheres de sua família, que têm de lidar com a traição, com a desonestidade e a mentira. Encara isso como uma maldição que ultrapassa gerações, enquanto somos apresentados a um cenário de algum lugar da Louisiana, um casarão povoado por mulheres negras, que compartilham suas experiências. Nesse momento, temos uma referência aos visuais de David Lynch, além de uma Beyoncé frágil, que “reza para que seja flagrada sussurrando” (faixa um, “Pray You Catch Me”), ou seja, ela quer acabar com a agonia da incerteza. Quando está certa, ela pula de um prédio, mas não para a morte e sim para um renascimento. Beyoncé mergulha rumo a sua purificação, em cena similar a outra, do vídeo de "Until the Quiet Comes", dos Flying Flotus, dirigido por Kahlil Joseph, que trabalha em Lemonade.

"Lemonade", esq. / "Until the Quiet Comes", dir.


DENIAL (NEGAÇÃO)



Em um quarto submerso cuja imagética brinca com o surreal, em uma ode ao expressionismo, a mulher representada por Beyoncé se culpa, abstendo-se de prazeres num processo de autoflagelamento, citando formas mais recorrentes de punição às mulheres e outras mais simbólicas, como a greve de fome e a busca por certa espiritualidade. Ainda que não restasse mais dúvida, ela pergunta como se esperasse uma resposta negativa: “você está me traindo?”. Assim, Beyoncé renasce das águas furiosa, cantando “calma, elas não te amam como eu. Não pode ver que não há homem acima de você? Que maneira estranha de tratar a garota que te ama” em “Hold Up”, a segunda faixa. O vídeo traz uma referência à obra visual de Pipilotti Rist, “Ever is Over All” (1997).

"Lemonade" / "Ever is Over All"

ANGER (IRA)



Esse capítulo nos levará a “Don’t Hurt Yourself”, faixa com participação de Jack White (dos White Stripes) e elementos instrumentais de uma canção do Led Zeppelin. Beyoncé fala com mágoa sobre o parceiro preferir a outra, e que, se necessário, se transforma nela. No entanto, ao longo da música, fala que “cega de amor, transamos. Até que percebi que era demais pra você”. Beyoncé começa a perceber que não é a culpada. E traz Malcolm X para nos lembrar que “a pessoa mais desrespeitada, desprotegida e negligenciada dos EUA é a mulher negra”. Por fim, ela diz, enfurecida: “esse é o seu aviso final. Você sabe que eu te dou vida. Se tentar essa m*rda de novo, vai perder a esposa!”.


APATHY (INDIFERENÇA)

O que vai dizer no meu funeral agora que me matou?

Laolu Senbanjo / Keith Haring

Assim começa esse capítulo. As dançarinas de Beyoncé carregam pinturas corporais feitas pelo artista nigeriano Laolu Senbanjo, em sua obra “Sacred Art of the Ori”, que é bem parecida com a pintura feita por Keith Haring na artista Grace Jones nos anos 1980 e dialoga diretamente com raízes africanas do povo ioruba. Beyoncé ainda deseja o amor sem traição a que deu o nome de “paraíso”, mas não sente muito nem lamenta. Aí entra a pop “Sorry”, cujo vídeo conta com a participação da grande Serena Williams, que dança enquanto Beyoncé presta homenagem a ela imitando a sua pose na capa da célebre Sports Illustrated, que a corou como uma rainha. 




No fim do videoclipe, há a confirmação de que Beyoncé está superando: usando um adereço como o da rainha egípcia Nefertiti e celebrando sua feminilidade e força em um bustiê parecido com o de Madonna em sua Blond Ambition, ela manda o parceiro procurar a “Becky do cabelo bom”. Prato cheio para os tabloides. Afinal de contas, quem seria Becky? 





EMPTINESS (VAZIO)

O sentimento de vazio, de falta, é latente. Beyoncé incendeia suas memórias, como se desejasse apagá-las por entre as chamas e as cinzas. Apagar as memórias da adoração, do prazer profano unido ao sagrado do estar apaixonada. Numa imagética que pode retomar o vídeo “Ritual Spirit” do Massive Attack, deseja apagar tudo focando no trabalho, afinal, ela “trabalha pelo dinheiro e vale cada dólar e cada minuto”, como canta em sua “6 Inch”, em parceria com o fenômeno instantâneo The Weeknd, num subcapítulo chamado Loss (Perda).


"6 Inch" / "Ritual Spirit"


ACCOUNTABILITY (PRESTAÇÃO DE CONTAS)

Quando estamos tristes, nada melhor que correr para os braços de nossa família. Especialmente quando passamos por coisas que os outros já passaram, o melhor é buscar discernimento para lidar com aquilo. Beyoncé cita novamente que lidar com aquilo é uma tradição da família. A ilustração desse capítulo é a faixa “Daddy Lessons”, que tem elementos de blues e folk e um cenário bem sulista, com os campos da Louisiana que também aparecem em True Detective, da HBO.

"Lemonade" / "True Detective"

REFORMATION (REFORMA)

Ela estava tão imersa naquela relação que se esqueceu de todos que estavam à sua volta. “Peço para que me olhe nos olhos quando volto pra casa”, ela diz. Ela o questiona: “por que se priva do paraíso?”. A imersão nesse capítulo é muito simbólica, pois aqui ela vai fazer referência direta à lenda do povo Igbo, original da Nigéria. Levados ao estado da Georgia no início do século XIX, diz a lenda que preferiram se afogar no Dunbar Creek a se submeter à escravidão. A trilha para essa seção é “Love Drought”.




FORGIVENESS (PERDÃO)


Com “The Look of Love” de Nina Simone ao fundo, Beyoncé mostra que a reconciliação é possível. Num ritual majestoso, ela evoca a força das mulheres de sua família, e decide quebrar a maldição da qual foi vítima. “Construímos castelos de areia que foram derrubados”, ela canta na balada “Sandcastles”, cujo vídeo conta com a participação de Jay Z, e termina dizendo que sabe que prometeu deixá-lo, mas que promessas não funcionam assim. Essa cena – e todo o filme – podem ser sintetizados por um detalhe: um vaso de cerâmica, de uma peça de arte japonesa chamada kitsugi (algo como “marcenaria dourada”), cuja filosofia prega que o quebrado – um vaso, ou um relacionamento – pode ser consertado e ficar tão bonito quanto antes. 



 RESURRECTION (RESSURREIÇÃO)

"Daughters Of the Dust" / "Lemonade"

Evocando a religiosidade e o gospel, a ideia aqui é o renascimento. É o legado, a herança. As mulheres reunidas no casarão voltando à imagem de Julie Dash e seu filme, o clássico cultDaughters of the Dust”, de Julie Dash, que foi usado como referência em várias partes de Lemonade. A espiritualidade é o caminho nos tempos de adversidade. O interlúdio “Forward”, que tem participação de James Blake, é a representação sonora e, como o título fala, é necessário seguir em frente. Nesse momento, aparecem as mães de rapazes mortos pela polícia americana. É o momento em que ela fala sobre o genocídio da população negra. 


As mães e os filhos são, respectivamente: Lesley McSpadden, Mike Brown; Sybrina Fulton, Trayvon Martin; Gwen Carr, Eric Garner


HOPE (ESPERANÇA)


Além de seguir em frente, é necessário ter esperança. Esperança vista num futuro previsto nas mãos de uma manicure. Uma criança – uma filha – transforma a cicatriz num sorriso. Cura as mágoas e os males. O soul, o R&B e o gospel dos anos 1960 e a geração Aretha Franklin são revisitados na poderosa “Freedom”, que tem participação do rapper Kendrick Lamar, representante ativo do movimento #BlackLivesMatter (#VidasNegrasImportam), quando cantam sobre a liberdade do povo negro, que sofre ainda hoje com a segregação. Beyoncé canta, ainda, sobre a liberdade da mulher que precisa lidar com tudo isso. 


REDEMPTION (SALVAÇÃO)

Eles retomam o relacionamento, tomando para si os ensinamentos da avó de Jay Z, Hattie White, em um discurso que proferiu na comemoração de seu 90º aniversário: “Tive meus altos e baixos, mas sempre encontrei a força interior para me levantar. Me serviram limões, mas fiz limonada”. É essa a grande mensagem. Você tira o que há de bom nos momentos ruins. “All Night” é a faixa que representa esse momento, com registros em imagem de momentos da vida do casal.




CONCLUSÃO

O EPÍLOGO é representado pelo lead single, “Formation”. Uma vez curada, Beyoncé chama as parceiras para que se juntem e cantem sobre o orgulho que sentem por sua negritude. Cantem sobre suas belezas irretocáveis, cantem contra a brutalidade da polícia. We slay


Ilustrando o vídeo com paisagens conhecidas como as de Mark Twain ou William Faulkner, Beyoncé transformou os boatos de infidelidade em um trabalho cujo objetivo não é a doutrinação nem a pregação, mas a exposição de uma perspectiva muito pessoal sobre os fatos íntimos e coletivos que a cercam. É a união do micro com o macro. Por isso é o trabalho mais rico de sua carreira, uma vez que vem desafiando os conservadores ao cantar numa premiação de country e declarando publicamente apoio a Hillary Clinton. Lemonade é resultado do amadurecimento artístico da cantora. 





Sobre o autor: bom, meu nome é Jhonatan (mas não é Johnny), estudo Letras desde 2013, tenho 21 anos e sou um apaixonado por artes, principalmente por música e literatura. Entrei pra facul com um propósito, mas agora eu acho que quero ser crítico, daqueles que assistem e leem as coisas pra dar nota, saca? No mais, sou viciado em tentar perceber um contexto histórico-social por trás de tudo. Arrisco uns poemas e é por meio deles que tento alçar voos antes inimagináveis. É isso, acho. Indeciso, questionador e um pouco blasé. Prazer! :-)

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4 comentários

  1. Texto riquíssimo. Fez com que eu,que até o momento não conhecia bem o trabalho da Beyoncé, ficasse admirada e interessada em Lemonade! Parabéns.

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  2. Também não conheço o Lemonade (na verdade, não conheço muito do trabalho da Beyoncé, só os singles antigos) e fiquei com vontade depois do ótimo texto.

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  3. Um dos melhores artigos (se não o melhor) que já li sobre o Lemonade. Eu amo esse CD, mas li muita coisa aqui que ainda não tinha conseguido interpretar. Parabéns pelo trabalho!!!

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  4. Parabéns pela riqueza em detalhes, pesquisa e sensibilidade. Seu texto e mergulho à essência de Beyoncé está, sem dúvidas, sensacional.

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