Ariel Carvalho CCMúsica

A revolução do Green Day

1.11.16Ariel Carvalho


Eu fui uma pré-adolescente/adolescente criada no pop punk. No começo do Panic! At The Disco, do Fall Out Boy e do Paramore. Usava cintos de spike e orgulhosamente andava com uma munhequeira da Avril Lavigne, mas minha música favorita tinha nove minutos de duração, e se chamava Jesus Of Suburbia.

O Green Day já tinha uma carreira muito bem estruturada, mas eu só conhecia uma que tinha um refrão bonitinho e tocava na VH1: "it's something unpredictable, but in the end it's right". Até eles lançarem, em 2004, um tal álbum chamado American Idiot.

O álbum foi um sucesso, ninguém aguentava mais ouvir Boulevard Of Broken Dreams, e até hoje a banda é lembrada por Wake Me Up When September Ends. Depois virou um musical da Broadway, e as gravações do álbum viraram um documentário.


Desde então, eu esperava um álbum que conseguisse chegar perto de mexer comigo como o American Idiot mexeu. Tá certo que em 2009 lançaram o 21st Century Breakdown, que também é maravilhoso, mas não tinha a mesma sensação do American Idiot. Faltava algo.

A banda ficou três anos parada e voltou com a trilogia de álbuns ¡Uno!, ¡Dos!, ¡Tré! (o  ¡Uno! é o melhor do três, aliás). São meio pop, e não conseguiram me conquistar tanto. Na verdade, o álbum com as demos da trilogia (o Demolicious) era bem mais legal.

Depois de quatro anos esperando material novo, o Green Day anuncia o Revolution Radio, e já começa a divulgação com a fantástica Bang Bang. Eu tinha uma sensação de que esse álbum seria maravilhoso, e foi bem gostoso comprová-la.


O Revolution Radio é uma mistura muito bem feita dos álbuns anteriores do Green Day, reunindo tudo o que eles já fizeram de melhor e transformando em novas músicas. Falta uma Jesus Of Suburbia, mas é o tipo de álbum que você não consegue ouvir em volume baixo e que te faz muito bem.

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