Ariel Carvalho astrologia

Guia Astrológico Para Corações Partidos, Silvia Zucca

15.8.16Ariel Carvalho


Eu achava que era a louca dos signos, mas só até conhecer Alice Bassi.

Alice é a protagonista do romance "Guia Astrológico Para Corações Partidos", da italiana Silvia Zucca e, se tem uma coisa que ela é, essa coisa é louca dos signos. Durante 90% do livro, tudo o que ela faz é culpar a astrologia por tudo o que acontece na sua vida e na dos outros, e pela sua interação - ou falta da mesma - com outras pessoas.

O livro é narrado por ela e vai acompanhando cada burrice e cada acerto que acontece na sua vida. Para começar, ela recebe duas notícias fantásticas: seu ex-ex-ex-ex-ex-namorado vai casar (e a noiva dele está grávida) e a emissora de televisão onde trabalha contratou um consultor - bonitão, óbvio, é um romance romântico - chamado David Nardi para "melhorar" a emissora.

Mas é claro que é tudo culpa de seu trânsito astrológico, como seu amigo Tito explica.

Há muito tempo que eu não lia um livro nesses moldes, e foi uma leitura bem gostosa. Eu mal conseguia deixar o livro de lado, porque queria saber como Alice deixaria seu Mapa Astral atrapalhar a sua vida (tenho um certo amor por protagonistas que tomam péssimas decisões). Outra coisa legal é quando Alice começa a falar incessantemente sobre signos e astrologia, e você entende um pouco mais das características de cada signo e, dependendo do seu próprio signo, consegue até se identificar em algumas coisas.

Logo de início, me identifiquei horrores, porque Alice ama comédias românticas das décadas de 1980/1990, e meu filme favorito é citado. Dei várias risadas altas enquanto lia, marquei várias passagens que me fizeram pensar "sou eu!" e devorei o livro sem esforço algum.

Apesar disso, o livro cai em alguns clichês. Alice acaba naquele estereótipo meio Crepúsculo da mulher atrapalhada demais. Nardi, que tinha potencial para ser maravilhoso feito o Reg, de Roadies (já que os dois têm a mesma função, não dá para não comparar), é meio bad boy e, sinceramente, cansativo nas tentativas de ser misterioso. Ele é bem chato, na verdade.

Reg: melhor personagem

O pior clichê é o uso da expressão "fazer amor". Amiga, estamos em 2016, as mulheres transam.

Com clichê ou sem clichê, é um livro gostoso de ler, principalmente se você for fã de astrologia ou de cinema. Se você for cético no quesito horóscopo, pode ser que ache a coisa toda bem chata e queira bater em Alice. 
 

Nota:

É bem escrito, é gostosinho de ler.

Ficha Técnica:

- Autora: Silvia Zucca
- Editora: Suma de Letras

- À venda emSaraiva - Livraria Cultura - Submarino













Obrigada, Companhia das Letras, por ter cedido o livro para nós!



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