amizade badass

Batdrama: mas aquele 1% é badass

17.1.16Dana Martins

Na imagem: Uma garota de costas com as mãos na cintura

O que faz alguém ser badass? Que tipo de amigo você é? E outros batbabados da semana. 

Não sei se a minha regra da semana passada (sobre só escrever os posts ao domingo) funciona. Na segunda eu já tava querendo escrever e o resultado é que não poder escrever potencializou a minha vontade de fazer o Batdrama, então eu passei a semana inteira QUERENDO MUITO QUE CHEGASSE DOMINGO e querendo contar tudo. Que vida mais wtf. 

Agora a pergunta que não quer calar: teria eu acordado às 9 da manhã no domingo porque tô com vontade de fazer esse post? (isso não é tão positivo quanto parece) (meu cérebro está morto) (mas eu costumo acordar muitas vezes até de manhã, então... não sei)

Só que estou aqui e eu vou começar fazendo um resumo da semana:

1- Assistir mais episódios de Black Sails. Piratas. Piratas gays!!! Não terminei a segunda temporada porque estou com medo, mas definitivamente vou terminar antes de quinta, QUANDO ESTREIA THE 100.
2- Fui ao cinema finalmente ver O Despertar da Força. Jesus. Eu amo imax. 
3- Joguei mais Tomb Raider 1 (sim, o jogo de 1996)
4- Li a última edição de... nem sei qual é a revista da Panini que eu sigo. Sei que tem Ultimate escrito na frente e tem a história do Ultimate Spider-Man e a do grupo que ele participa All New Ultimates. 
5- Mandei mais áudio no whatsapp em um dia do que na minha vida toda.
6- Recebi as fofocas que rolaram na família sobre mim quando eu não viajei pra o Ano Novo.
7- Não li livro nenhum, mas bastante fanfic.
8- Aliás, terminei de publicar a minha história no AO3. Adeus, Codes. :( 
9- Comecei a escrever minha história nova, vamos só dizer que é uma roadtrip au. 
10- Saiu tanta coisa de The 100 que eu nem sei mais de nada.
11- Meu pai chegou de viagem e trouxe umas coisas pra mim
12- Descobri uma coisa horrível sobre o machismo. (além do fato de que ele é todo horrível)
13- Estou aprendendo a fazer umas coisas de ~html~ que vão melhorar o CC! É UMA NOVA ERA -nnn
14- Decidi fazer um podcast
15- Tive uma conversa comigo mesma sobre heteronormatividade e Senhores Feudais
16- Refleti sobre ajudar ou não os outros
17- Foi aniversário da Carol
18- Refleti sobre ser badass
19- e EU NÃO QUERO SER FOFINHA. 
20- Pensei sobre sair da faculdade
21- Vi as vantagens de ser introvertida

Vamos começar direto da semana passada, quando eu falei sobre identidade (quem você pensa que é x quem você parece ser) e a Bells disse que... me acha fofinha. Fofinha. FOFINHA

No gif: Carmilla com as mãos na cabeça toda frustrada e irritada


MEU FILHO, EU NÃO TRABALHEI TUDO ISSO PRA CHEGAR AQUI E SER FOFINHA

É A PRÓPRIA DEFINIÇÃO DE "MORREU NA PRAIA"

E a maioria das pessoas ainda tem a ousadia de falar bem assim: "desculpa, mas eu não te vejo como badass, eu te vejo como fofinha". desculpa. DESCULPA. "DESCULPA, MAS TU NÃO É ISSO NÃO"

DEIXA EU QUEBRAR SUA CARA E VAMOS TER ESSA CONVERSA OUTRA VEZ

Decidi que não quero ser fofinha, e que aparentemente eu não querer ser fofinha faz a pessoa parecer mais fofinha. A vida é difícil.

Ser fofinho é o que você ganha por ser legal e tentar respeitar os outros. 

e não vamos nem falar da parte de "guru espiritual" (ela disse que me vê assim também). Me esforço tanto pra não ajudar os outros, porque eu acho a própria noção de "vou te ajudar" problemática e ganho isso em troca. E quem sou eu na fila do pão pra ser guru espiritual de alguém. *respira fundo*

Depois de ter um rant louco e expressar minhas frustrações, agora estou em paz com essa percepção que algumas pessoas têm de mim. (Sim, Bells, você causou isso. Mas pf continue falando que foi ótimo e me fez entender mais ainda sobre mim)

E ainda topei nessa imagem de The 100 ontem: 

Na fanart: Um desenho de Lexa de braços cruzados dizendo que não é fofa porque é Commander ao lado de Clarke falando que ela pode ser os dois


CLARKE, NÃO É QUESTÃO DE PODER SER OS DOIS. EU NÃO QUERO SER OS DOIS.

E essa é a imagem que eu usei pra obrigar meus amigos a falarem se acham isso de mim:

Na imagem: foto de uma cena da Clarke com a faca no pescoço da Lexa onde eu coloquei o texto "DIZ SE EU SOU FOFA"


Aí isso me fez pensar sobre ser badass. Poderia eu ser badass? TAN TAN TAN TAAAAN

O QUE FAZ UMA PESSOA SER BADASS?

Comecei a pensar nas pessoas que eu acho badass. Lisbeth Salander. Asami Sato. Korra às vezes. Clarke Griffin. Raven Reyes. Octavia.. tá, todas as mulheres de The 100. A Seis de Legados de Lorien. Estou tentando pensar em homens badass... Jace Wayland de Cidade dos Ossos? 007? Poe Dameron??

Mas enfim, o que eu tava pensando é que existe uma espécie de determinação em ser badass. Tipo "eu vou fazer isso e foda-se". Uma determinação que vem de tomar decisões, mesmo que polêmicas, e ir em frente com elas e se safar. Ser badass é tipo quando você tem que fazer uma escolha difícil e faz. Quando você mete a cara. Quando você não abaixa a cabeça. 

No gif: Raven olhando alguém de cima abaixo com expressão de desafio dizendo "Sério? E o que faz você pensar que pode me dizer o que fazer?"
Raven em The 100

Lisbeth Salander é a própria definição de badass. Praticamente cresceu sozinha nas ruas e não poderia se importar menos com a opinião dos outros. Quando o único homem que tem algum poder sobre ela tenta abusa-la, ela reage e volta a dominar a situação. 

Asami Sato não cresceu abandonada (apesar de parecer ser bem sozinha), mas ela sempre reagiu contra a ideia de "filhinha do papai" e aprendeu a se virar sozinha. Ela é uma engenheira. Ela sabe lutar. Pilotar. "Eu posso me virar sozinha"

Korra costuma ser muito divertida e relaxada pra manter o espírito badass, mas quando ela precisa resolver um problema e está determinada, é melhor você sair do caminho. Literalmente.

Repara que às vezes que eu a enxergo como badass, são as vezes que ela é determinada.

Na imagem: Uma montagem com uma imagem da Asami com o braço erguido numa posição de "we can do it" e numa faixa embaixo o texto "I can handle myself"
Asami em The Legend of Korra

Eu tô tendo dificuldades de colocar em palavras o conceito que tá na minha cabeça. Mas em Peter Pan tem uma frase que é tipo "tolo é aquele que acredita em uma verdade só". Pra você ser badass, você tem que ser meio tolo. Dizer "EU QUERO ALGO" ou "EU VOU FAZER ALGO" é, de certo modo, desconsiderar diversas possibilidades. É escolher uma só. Mais do que isso, é até desconsiderar que você pode machucar as pessoas que estão no meio do caminho ou estar fazendo algo idiota. 

Clarke Griffin olha na cara da mãe, rouba o controle do povo e faz o que ela acha melhor. 

No gif: Clarke olhando para frente e falando com autoridade "e eu estou no controle". Atrás dela várias pessoas mal encaradas como se fossem seu grupo
Clarke em The 100


No gif: Raven falando "agora cala a boca e bebe"

Na cena acima Raven está sendo FODA, mas babaca também. Abby só tava ali tentando ajudar e, como vamos ver, isso vai ser importante. 

Eu percebi que eu sou determinada e badass se eu quero. Tipo quando tava no 3º ano que eu fiz vestibular só pra uma faculdade e um curso, e me recusei a fazer o vestibular da falecida UFF porque o vestibular deles era uma coisa babaca que não queria medir conhecimento e eu não sou obrigada. ENFIM. As pessoas me perguntavam "Mas e se você não passar?" e eu apenas respondia "eu vou passar". Não passei. Não naquele ano pelo menos, só consegui no ano seguinte. Mas minha lógica era tipo: é isso o que eu quero. eu vou fazer o melhor que eu puder até dar certo. uma hora vai dar. Simples. 

A vida é mesmo simples quando você sabe o que quer e sabe onde está. Nada do que eu tenho agora... HUAHUAHAUH 

Escrevendo esse post eu também percebi que existe uma certo glamour e lado sexy em ser badass. É tipo "eu faço isso, eu faço isso bem, e eu faço porque sou foda, beijos". Nem todo brutamontes de filme machão parece ser badass... ou não? Pera, agora eles parecem ser badass também. É, acho que vou ficar com a minha definição de badass de ser um "babaca" determinado.

PARA TUDO, LEMBREI DE UM HOMEM BADASS. O VANE DE BLACK SAILS

No gif: Vane andando na direção de alguém tranquilamente e dizendo "Então me acuse. Me desafie. Lute comigo"
Aliás, tem bastante homem badass em Black Sails.

Mas é aí que eu falho muito, né? (eu não sou babaca -nnn) (ok, não. é só que eu fico considerando tudo) (no lugar da Raven eu ia deixar a Abby falar mesmo que eu tivesse irritada, porque eu ia querer ver o lado dela) (e esse negócio da Clarke de colocar faquinha no pescoço da Lexa? no lugar dela eu ia ser tipo SEXO PRIMEIRO, INIMIZADE DEPOIS.) (por que não???? a pessoa já foi babaca comigo e eu não vou pelo menos me aproveitar da situação) (se tem alguma coisa que eu não tenho, é paciência pra cerimônia)

Esse texto tá me fazendo perceber que eu tô muito mais pra o clássico herói bobo, que te faz arrancar os cabelos e gritar POR QUE VOCÊ TÁ PERDOANDO O VILÃO????? Eles não costumam ser badass justamente porque eles se importam demais com todo mundo. 

E essa semana eu tava almoçando com o meu irmão e meu avô passou falando merda. Minha reação padrão não-badass é "continua comendo. controla os pensamentos homicidas. uma hora vai embora.", só que nessa semana específica eu tava pensando sobre essas coisas de badass, então virei e disse "Não." [Não concordo] Meu avô parou e olhou pra mim, meio incerto, e aí continuou "Ah, mas blablabla" e eu respondi mais até ser resolvido e eu sair jogando os cabelos. -nnn 

Não tão badass assim, porque é difícil controlar o que eu falo e evitar transformar numa guerra de insultos. Tipo, normalmente eu falando em voz alta, ainda mais em um assunto que me deixa irritada, não dá pra ter uma troca de informações racional. As palavras literalmente se transformam em armas e é mais uma guerra. Eu acho isso fascinante. Mas hoje também não é o dia que eu vou falar sobre isso. 

E acho que normalmente eu sou idiota demais pra ser o brooding badass. 

Na imagem: Pôster de Deadpool com o herói meio de costas mostrando a bunda e um dedo sensual na boca comicamente, ele também tá usando uma mochilinha rosa. Ao lado o texto "bad ass. smart ass. great ass."
esse aqui é um tipo de badass que eu poderia ser. 


Enfim, esse assunto de eu vs. eu não badass, me fez pensar duas coisas.

1- AS VANTAGENS DE SER INTROVERTIDO

E tímida. E evitar o máximo falar com pessoas. 

Além da habilidade de paciência HAUHAUHA Eu percebi que eu aprendi muito a ser mais observadora e, mais do que isso, pedir as coisas pras pessoas que eu confio. Sério, eu não preciso ficar perguntando nada pra ninguém, porque eu aprendi a entender muita coisa só de ver. Linguagem corporal. Objetos pela casa. E na maioria das vezes se você esperar só 1 segundo as próprias pessoas acabam dizendo tudo. No fim do dia eu sei muita coisa, e não pergunto nada. É meio ninja. 

2- COMO VOCÊS CONSEGUEM CONTROLAR O QUE FALAM?

Logo na minha cabeça vem o John Silver que tem a maior lábia (personagem de Black Sails). Eu fico tipo: COMO É QUE VOCÊ CONSEGUE FAZER ISSO? Eu não consigo falar como eu escrevo. Eu normalmente não consigo nem falar. Pensar e se comunicar com palavras são duas coisas que eu definitivamente não faço ao mesmo tempo. Imagina então usar as palavras pra dizer algo que eu quero?

Eu só falo e espero que o que eu disse expresse o que eu queria dizer. 

Na imagem: Um homem de terno em um escritório e a legenda "Às vezes eu começo a falar e nem sei o que tô dizendo eu apenas espero que eu descubra na metade do caminho."


E eu percebi isso bastante mandando áudio essa semana.

Eu estava sem o que fazer. E com muita preguiça de digitar. E deve ter ocorrido algum alinhamento de planetas. Tanto faz. O que importa é que eu passei algumas horas mandando áudio pra algumas pessoas no whatasapp.

E eu percebi que 1- às vezes eu me distraía com o simples esforço pra falar e não fazia ideia do que eu ia falar. 2- eu esqueço demais as coisas. seja o que eu ia falar, ou palavras aleatórias. 3- encher o saco da Duda é muito bom. Ah, e 4- Acho que a maior razão de eu não gostar de ouvir áudios é que eu tenho que ficar parada ouvindo e normalmente eu me distraio muito no meio. Teve um áudio do João que eu tive que ouvir umas 4 vezes (e digitar resumindo o que ele disse) pra poder prestar atenção.

Essa é até uma das razões de eu querer fazer um ~podcast~, que é pra eu me acostumar a falar coisas. 

Deixa eu pensar em qual dos assuntos eu quero entrar agora. Clube de Escrita x Faculdade x ajuda?

Ok, vamos de ajuda. 

QUE TIPO DE PESSOA DE ~AMIGO~ VOCÊ É?

Omg. aconteceram tantas coisas aleatórias que cabem nesse assunto que eu to animada.

Acho que tudo começa nessa imagem de um post:

Na imagem: print de um post onde mostra a foto da Clarke e embaixo um texto listando os "prós" dela


Basicamente, é os prós de ter a Clarke como namorada, mas o que importa aqui é esse trecho de "nunca vai te deixar pra se salvar se o seu apartamento pega fogo". E isso basicamente sou eu. 

Só que aí essa semana uma Pessoa Não Nomeada tava falando sobre um amigo que teve umas crises e descobriu que tinha umas doenças mentais (e eu não lembro exatamente qual ;x), mas enfim, essa pessoas mais umas outras estavam buscando formas de ajudar esse amigo e até foram visitar. E eu fiquei pensando que eu não ia querer fazer isso. (tipo, na possibilidade de acontecer com alguém conhecido e me chamarem pra ir atrás ver) Imagina viver com alguém que tem um problema degenerativo ou precisa de você. Eu não sei se eu sobreviveria a isso. 

E aí eu penso em todos os meus amigos que eu de certo modo afastei (pelo simples ato de negar convites ou não ir atrás ou até mesmo não querer entrar num ônibus até um bairro afastado pra encontrar). E aí dá uma crise existencial. Eu sou tipo a pior pessoa pra você confiar???

Eu sou tão ruim em estar presente pras pessoas, que às vezes eu quero perguntar pra 99% das pessoas que falam comigo por que elas falam comigo. Eu não tenho nada de legal. Não pra oferecer, pelo menos. Eu sou o tipo de pessoa que prefere ir no cinema bom sozinha do que no cinema ruim só pra ir com os amigos. Não é tipo AI MEU DEUS EU SOU UMA PESSOA PÉSSIMA. Eu me adoro, mas vendo quem eu sou racionalmente não vejo vantagens pras amizades. hUHAUHAUAHUHA 

No gif: Cena de Jessica Jones onde a Jessica está sentada ao lado da Trish, que está olhando pra baixo meio triste. A Jessica diz "eu não sei fazer aquela coisa de fazer você se sentir melhor, beleza?"

Aí o Diego vem e me manda uma mensagem legal dizendo que sente falta de falar comigo. POR QUE???

Essas são perguntas sérias e eu pretendo descobrir. 

Enfim, ainda sobre mim. Essas coisas me fazem perceber que nós somos pessoas diferentes que ajudam de formas diferentes. Quando a minha avó teve um surto sério e passou os dias contando objetos da casa e fazendo todo tipo de coisa bizarra, eu fiquei aqui com ela o tempo inteiro. E foi muito ruim ver pessoas passarem aqui por meia hora, olharem pra situação com cara de horror e saírem pra viver a própria vida. Mas então, quando ela foi parar no hospital nos primeiros dias eu não conseguia nem ir pra lá ou voltar pra casa. Foi um troço muito ruim. O que importa é que nesse momento essas outras pessoas apareceram. 

Então no fim do dia, cada um ajuda de uma forma. Eu provavelmente voltaria pra te salvar no prédio pegando fogo, mas eu não seria a melhor pessoa pra ficar ao seu lado fazendo sei lá o quê. Aliás, uma das coisas que eu mais gosto de Jogos Vorazes é como a Katniss é horrível cuidando das pessoas e até olhando pras pessoas feridas (eu!!) e a Prim é o contrário. Quando minha mãe fez uma operação, era o meu irmão que trocava o curativo dela e eu nem passava perto nessas horas. 

No gif: Cena de The 100 com a Octavia usando maquiagem de guerra (tinta escura em volta dos olhos) olhando pra Clarke e dizendo "não é bom o bastante"

Outra coisa que tem a ver com isso é a minha própria história Codes, que eu diria que é justamente sobre ter esse ideal do que é o certo e de ter que estar lá para os amigos. (é uma fanfic de The 100, então é baseado na Clarke pós-season finale da s2, quando ela sofre um conflito de identidade por não conseguir ser boa o bastante) (se passa hoje em dia, então tá mais uma adaptação e você não precisa assistir The 100 pra ler)


Falando em Codes, vamos falar de coisa legal agora. Vamos fazer um PEQUENO CLUBE DE ESCRITA.

CLUBE DE ESCRITA EXTRAORDINÁRIO

NÃO VAMOS MAIS NÃO. Acabei me animando tanto que publiquei como um Clube de Escrita aqui

Vamos pular pra faculdade então

O TEXTO QUE EU NÃO FIZ SOBRE FACULDADE

Puta que pariu. Acabou virando outro post também. 

Vou falar sobres as fofocas que o meu irmão trouxe e outras curiosidades menores

BATBABADOS

Eu falei no Batdrama de ano novo que fiquei sozinha e as pessoas foram tão legais que eu pensei  "wow, é comum isso mesmo, acho que tava fazendo drama em cima de nada". Aí meu irmão chega e diz que rolou uma discussão sobre mim, sobre como "isso não é normal". E aí listaram todas as coisas que eu não sou normal. E falaram até que eu não tenho vaidade (aka. não me preocupo como a aparência como é esperado de uma garota) porque eu não tenho autoestima, e que eu não tenho autoestima porque eu sou gorda. E que eu não tenho nenhum amigo. 

Se isso é normal, eu estou aliviada de não ser. Acho que isso explica bastante o porquê de eu não falar sobre a minha vida normalmente. Não preciso de mais gente falando merda.

E aparentemente meu pai ficou puto e descarregou em cima do meu irmão. Acho que ter filhos anormais mexe com o senso de valor próprio dele. 

Aí meu pai viajou logo no início do ano e voltou com um monte de coisa pra mim. Os itens são: Uma mão do homem-aranha pra colocar uma espada (pai, cadê a espada?), um abajur retrô que ficam umas bolinhas laranjas na água; um funko pop da Felicidade (ele procurou a Tristeza e não tinha) (curiosidade: eu ia dar a Tristeza de Natal pra ele); um funko pop de um stormtrooper (ele podia TER COMPRADO A REY. mas pedi pra ele só trazer mulheres daqui pra frente); um spray de cabelo igual ao da namorada que ele usou uma vez e gostou muito; uma capa de ipad com um dragão em 3D porque parece um quadrinho (e aparentemente eu gosto de dragões); um saquinho com várias bolinhas dessas de dar cheiro.

Eu tiraria foto, mas das coisas que ele não trouxe: um celular com uma câmera funcionando.

Acho que ele gosta de dar presentes e é a forma dele de pedir desculpas (por não levar a gente? por não ser presente? não sei, acho que ele quer participar e ajudar e é a forma que ele faz disso) (ele quase tava me dando as coisas que ele comprou pra ele!!!).

Seres humanos são extraordinários mesmo. 

Além disso, pra o CC, eu tô aprendendo a fazer um troço especial pra o projeto de super-heroínas, que pode melhorar bastante o site inteiro e nos dá novas possibilidades pra o futuro. Eu tenho que terminar isso logo. 

HETERONORMATIVIDADE E SENHORES FEUDAIS

Também virou outro post. *respira fundo*

Mas vou deixar isso aqui explicando heteronormatividade que eu acho que nem todo mundo sabe:

É a ideia de que trata como se fosse a norma (comum e o certo) só ter casal entre pessoas de gênero diferente. Pensa em Demolidor que você só vê relacionamentos entre homens e mulheres. E todos os 29839283298 filmes e séries onde isso acontece. É quase como se relacionamento entre pessoas do mesmo gênero nem existisse. Isso é heteronormatividade. 

Na imagem: fanart que mostra o Capitão América correndo com o Soldado Invernal nas costas
Capitão América e o Soldado Invernal seriam um casal se não fosse a heteronormatividade
(parte de mim ainda espera que eles transformem em canon)
fonte da imagem

Além disso, a heteronormatividade aparece na censura e repressão de casais do mesmo gênero. Pensa no protagonista das suas séries e filmes preferidos. Você espera que eles vão ter um relacionamento com uma pessoa do mesmo gênero? E eles vão de fato ter? Não e não, porque somos treinados para só esperar uma opção e só ela acontece mesmo. É o considerado a norma. 

A heteronormatividade é tanto essa forma de pensar, quanto o que reforça essa forma de pensar. 

PRA REFLETIR SOBRE O MACHISMO

Aliás, a heteronormatividade é tipo o machismo. Uma coisa merda e injusta que é tratada como norma. Então você aponta o problema e a pessoa não repara, porque ela é acostumada a ver a injustiça como algo normal.

Na imagem: Montagem que mostra a Eliza Taylor usando um uniforme do Capitão América
E se o machismo não existisse a gente poderia ter um capitão américa no cinema assim
(a barriga de fora não é necessário pf)

E o causo do dia... 

"Gente, eu acabei de perceber uma coisa muito feia. Talvez a principal razão de Bellarke (o ship) existir seja o machismo. A única coisa que o Bellamy tá fazendo nesse gif [um gif onde mostra ele olhando para a Clarke e alguém postou O JEITO QUE ELE OLHA PRA ELA!!!] é escutar e considerar o que a Clarke diz. 

Eu acho que as histórias tem  um histórico de mostrar homem nessa situação só em caso de interesse amoroso. Onde é que você vê  um cara, ainda mais jovem, escutando o que uma garota (também jovem) diz e ainda considerando? Primeiro que 90% das histórias a única mulher é o interesse amoroso. A outra mulher deve ser a mãe ou, sei lá, uma mulher velha no poder tipo a Coin. 

Então só de ter um cara tratando uma mulher com respeito e consideração parece um gesto extraordinário de amor porque isso não é comum."

Agora vou embora logo antes que eu escreva mais. 

Apreciação da semana vai pra o Vane

No gif: Vane, um pirata de cabelos longos, pele morena e muito musculoso, com o peitoral suado de fora vestindo uma calça

E meu novo gif preferido:

No gif: Uma mulher negra com o microfone esticado para um monte de gente branca passando como que numa manifestação, é como se ela tivesse cantando como nas falas de protesto "alguma pessoa negra?"


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8 comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. "As vantagens de ser introvertido"!!! Gente, nunca tinha pensado nesse lado bom. E funciona exatamente assim comigo: eu só observo e consigo sacar altos lances, rs...
    Passo tanto tempo me achando louca e me perguntando pq eu sou tão anormal, e me sentindo péssima por isso, aí vc escreve essas coisas legais e eu não me sinto sozinha no mundo. Pq tipo eu n sou louca. Só não faço parte da "regra".
    Nem preciso dizer que esses seus posts são os meu preferidos do blog todo e que eu me identifico mt com suas histórias de vida, rs.
    Também me sinto mal pelo meu comportamento com as pessoas, em especial meus amigos. Eu me sinto uma pessoas do mal, mas eu n sei ser de outro jeito. Nem gosto de cativar as pessoas, pq sei que terei que ser responsável por isso depois e não gosto disso sabe. De ter que fazer algumas coisas, tipo conversar, ligar, sair, só pq são meus amigos e é feio n dar atenção pra eles. Mas isso n me faz bem. O que eu posso fazer?
    "Eu provavelmente voltaria pra te salvar no prédio pegando fogo, mas eu não seria a melhor pessoa pra ficar ao seu lado fazendo sei lá o quê." Eu sou essa pessoa!!
    Ah e eu tenho uma Tristeza!!! (eu sei que ninguém tem nada c isso kkk) Minha irmã fez pra mim em biscuit depois de eu encher mt o saco dela...Ficou tão perfeita!!

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  3. ESSE POST <3

    Eu tenho uma dificuldade enorme em comentar nesses diários da semana, porque são muito grandes (e eu adoro eles serem grandes) e, quando eu chego no final, já não lembro mais o que eu queria falar. MAS NESSE EU SEI O QUE QUERO FALAR, porque é o assunto no qual eu tenho foco agora: amor e ódio. Mas antes disso, Dana, você é uma pessoa tão legal! Quer dizer, a menos que vc tenha fingido ser uma outra pessoa na Bienal, porque vc foi muito legal naquele dia! Eu me senti muito acolhido. E você é cheia dos bons assuntos e adoro como vc considera vários pontos de vista numa conversa, deixando a gente confortável para se posicionar de qualquer forma, sem medo, mesmo quando a gente ainda não sabe se posicionar. E você é muito respeitosa. Lembro quando a gente entrou naquele, esqueci como se chama, naquele bloco (?) religioso na Bienal e seu irmão começou a fazer piadas (que eu realmente não me importei, até achei engraçadas) e vc ficou "TINO, ELE É DA IGREJA" (ou algo assim). Quer dizer, vc se IMPORTA com as pessoas. Do seu jeito.

    E, nesse do seu jeito, que eu lembre de uma coisa. Vc já leu sobre as 5 linguagens do amor? É um dos meus assuntos favoritos ultimamente, desde que eu comecei a ~estudar~ o ódio. Existe uma teoria que diz que cada pessoa fala uma ou mais linguagens do amor, daí às vezes as pessoas não se entendem bem. Cada um demonstra amor da forma que sabe. Às vezes, eu posso demonstrar meu amor de uma forma que a outra pessoa não entende como amor. Tipo, não adianta muito eu querer agradar a pessoa da forma que EU GOSTO de ser agradado se ela não entende bem isso. Tem gente que recebe/demonstra amor passando um tempo com as pessoas, outras gostam de FAZER coisas ou compartilhar contato físico etc. Uma delas é dar/receber presentes, e eu total lembrei disso nesses parágrafos do seu pai. Nem sempre é materialismo ou futilidade. Dar presentes pode ser a linguagem do amor dele e é assim que ele se empenha em demonstrar amor.

    ENFIM. O assunto é muito abrangente e, no momento, eu só o conheço superficialmente, mas acho muito interessante e legal notar essas particularidades das pessoas <3

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    1. FELIPE!!!

      ONDE EU LEIO SOBRE ISSO??? SUPER FIQUEI INTERESSADA GHFUIGHIDFHGIDFHGIDFHGIHDA e também faz muito sentido, porque a gente aprende a emitir comportamentos que demonstrem afeto de acordo com as experiências que a gente teve ou como nos foi ensinado/como aprendemos ao observar outras pessoas. Então, na prática, não existe uma única forma de amor, digamos assim xD

      Não sei se o assunto aborda isso, mas enfim

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    2. Sim! Tem a ver com isso que você comentou! Eu não sei de onde exatamente a teoria veio (ainda não parei pra ver a fundo), mas tudo gira em volta do autor Gary Chapman. Me recomendaram o livro dele sobre o assunto (tem a versão para solteiros e para casados), mas acho que eles têm um viés cristão. Ainda pretendo ler. Fora isso, tem um teste (em inglês) no site dele para descobrir suas linguagens principais http://www.5lovelanguages.com/

      Também ouvi um pouco sobre o livro no vídeo da Fabíola Melo https://www.youtube.com/watch?v=FrUu36v9H0k (Que também é um vlog cristão... Mas não vejo nada de religioso na teoria, acho que serve pra todo mundo)

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    3. Adorei esse negócio de as 5 linguagens do amor! Quero ler e saber mais sobre também

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  4. Dana, eu acho muito do que o Felipe falou, mesmo não tendo conversado pessoalmente com você.

    "Eu me senti muito acolhido. E você é cheia dos bons assuntos e adoro como vc considera vários pontos de vista numa conversa, deixando a gente confortável para se posicionar de qualquer forma, sem medo, mesmo quando a gente ainda não sabe se posicionar. E você é muito respeitosa. " resume minha opinião hahaha

    Você tem esse jeito de apoiar e ajudar as pessoas quando elas precisam, tipo aquele dia da imagem no twitter? E por exemplo, quando conversamos, você faz a coisa toda tão natural pra eu dizer o que penso, e você considera isso. É importante e eu acho maravilhoso.

    Eu já tive momentos de odiar ser chamada de fofinha, hoje em dia até gosto um pouco ahahah

    Esse negócio de personalidade e como os outros nos veem é muito complexo. e eu tinha um comentário bem legal falando sobre isso pra postar no ultimo batdrama, mas eu perdi e ele e doeu tanto que deixei sem fazer de novo. Bom, não sei também como as pessoas me veem.

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  5. Sempre achei que fosse vestir uma roupa preta, 1.90m e ter um sabre de luz vermelho maneiro e sempre que entrasse em cena tocasse meu tema dark. Brincadeiras á parte, pra mim tem a ver com ter confiança no próprio taco. Ser o que você quer independente do que dizem. Eu pareço ser extremamente fofa, 19 com cara de 14, as pessoas me julgam erroneamente por isso, mas tenho confiança de que eu entendo do que estou falando, eu sei que estou certa, que vai dar certo e não vou arredar o pé enquanto a pessoa não me reconhecer. Só que não sou burra, me preparo, estudo bastante antes de tomar uma posição, minha confiança aka badassery vem disso.


    Por exemplo: Eu sempre fui horrível na hora de apresentar trabalho na escola. Gaguejava, esquecia o que tinha que falar, quase vomitei uma vez. Uns três anos atrás eu tinha que apresentar meu projeto no curso, e ao contrário da escola que sempre tinha alguém nervoso lá na frente também, eu ia apresentar sozinha. Decidi me preparar bastante, montei os slides, me gravei lendo o roteiro, cheguei na sala batendo o pé, falei alto claro firme maravilhosamente e tirei um 10. Só que no último projeto eu não me preparei como devia e virei de novo aquela criança que ficava nervosa na apresentação. Passei por sorte.

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