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Insurgente: uma terapia de ação e ficção científica

9.4.15Dana Martins


Insurgente era um dos filmes que eu mais esperava no ano. Eu tinha gostado bastante de Divergente, adoro os livros e tava feliz por ver Tris novamente no cinema. Tava feliz inclusive que o filme ia lançar em cima do meu aniversário!

Then, everything changed when the Fire Nation attacked

Por acaso eu comecei assistir The 100, que é uma série que me engoliu por inteiro e nos últimos tempos tudo o que eu quero é mais The 100. Sem condições de ir até o cinema viver outra história. E é uma droga, né? Porque vários filmes pra ver no cinema e em mim: a mínima vontade de ir.

JOGANDO CONVERSA FORA...

Cheguei até a considerar comprar ingresso pra Insurgente e não ir, porque o filme é um caso especial: é um filme de ação protagonizado por mulher. Acho que chamam isso de consumo consciente. Ano passado eu fiz uma análise dos filmes mais lucrativos da História e dos filmes de ação protagonizados por mulher lucrativos e... bem, digamos que nós precisamos de mais filmes de ação com mulheres protagonizando. Então é como financiamento colaborativo. Mesmo que eu nem gostasse do filme, eu queria investir no filme com a compra do meu ingresso.

Mas aí eu ficava naquela de usar o dinheiro e não ver, ainda mais quando eu queria... Até que meu pai surgiu de repente uma noite me chamando pra ir no cinema. *SAI CORRENDO PRA ASSISTIR INSURGENTE*

(literalmente correndo, o próximo e último horário começava em 20 minutos)


Posso dizer com segurança que já estou me recuperando do vício de The 100 e pude assistir em paz.

Sinopse: Os divergentes estão sendo caçados e a Tris quer caçar os caçadores de divergentes.

Como eu me senti assistindo: Gostei do filme. 

É tão simples quanto isso. Sentei, foi uma história interessante, foi legal rever os personagens que eu gosto e o cenário + figurino que é lindo. Acabou, tchau e até a próxima. Não tem muito realmente o que falar. Eu definitivamente indico pra assistir.

Meu pai terminou dizendo que foi muito bom (assim como meu primo que não leu disse), depois a gente teve uma conversa legal sobre como tentam impedir o que é diferente e a importância de ser "divergente" para transformar as coisas. É legal ver que ele incorporou o conceito básico da história sobre a importância do diferente, que eu usarei contra ele prontamente no próximo comentário questionável que ele fizer. HUAHUAHUAH

Mas, por favor, eu sou divergente não é EU SOU ESPECIAL!!!!

Se eu fosse reclamar de algo, talvez de como eles mastigaram a história. Li alguém falando que é como se o filme fosse alguém fazendo terapia. E meio que é a Tris superando o que aconteceu no primeiro filme e aprendendo a ser uma divergente plena. Eu diria que o Livro 4 de The Legend of Korra é uma abordagem bem mais sensível disso, ou até o que acontece no livro. A impressão é que a história ficou meio... caricaturada.

Tipo, eu já tinha reparado que eles pegam a "essência" do livro e desenvolve no filme quando se trata de adaptação (Jogos Vorazes), mas eu não senti muita naturalidade nisso.

Mãe do Quatro com um estilo pirata pós-apocalíptico. Eu assistiria o filme se ela fosse a protagonista

As coisas eram um pouco cuspidas: "pegue o divergente", "ela é a divergente especial", "será que eu sou boa o bastante?", "E se divergente for algo ruim?", "não é, os divergentes são a solução do mundo!"

A cada vez que falavam que a Tris era especial algo morria dentro de mim. Até porque isso é uma mudança idiota do livro: ela é só erudição, audácia e abnegação. Não 100%, mesmo que ela esteja querendo ser tudo. E como eu vi numa resenha por aí, para quem não leu o livro isso passa muito como drama de "eu não sou igual aos outros! eu sou diferente e especial!!!!" O que é tão errado, porque os livros questionam justamente isso! Ainda tenho a esperança de que melhorem nos próximos filmes. E ainda arrisco ser mais otimista: dá pra pegar essa história de especial e transformar completamente.

Além disso, uma das coisas que mais me marcaram na Tris dos livro é que ela não é aquela garota normal. Tipo o Harry Potter que nunca usa o feitiço da morte ou a Katniss que evita assassinar até o último segundo. A Tris é alguém que cruzou esse limite. No início do filme eles até desenvolvem isso - adoro a cena que ela ataca o Peter no almoço ou que afirma que quer matar a Jeanine. Mas no desenvolvimento virou Big Hero 6 e eu esperei o Baymax aparecer pra dar um abraço nela. Ainda mais naquele final dela passando nos testes e tendo que superar a si mesma.



Não que ela não tente lidar com quem ela é (isso é outra parte da essência da história), é só que no filme ficou tão superficial.

Pra mim.

Por outro lado, os desenvolvimentos do Caleb e do Peter foram as partes mais interessantes pra mim.

além de conhecer mais a cidade

Pensando agora, eu fui para assistir Insurgente, a adaptação de um livro que trabalha muitos conceitos legais em um universo interessante, e terminei em um filme da Disney. Tudo muito legal, bonito e com mensagens importantes, mas metafórico demais. Tipo quando a solução de Frozen é "o amor verdadeiro" e aí depois do drama de um filme inteiro, boom, é isso! Só o amor verdadeiro. *tudo fica bem*

Vou dar 4,5 conversinhas pela importância como representatividade (coloque Insurgente perto desses filmes de ação por aí e é uma coisa de dar glória a deus), a relação sentimental e porque eu sinto que estou sendo exigente com o filme. A exigência não é porque seja ruim, é porque eu gosto muito. Enfim, apenas assista tranquilamente e pronto.

Nota:


(4,5 conversinhas)


É isso. Também escrevi um texto que fala sobre como as mudanças no filme não alteram os acontecimentos do próximo livro, que deve ser postado algum dia HUAHUAH Dana falando aqui. eu to no twitter @danagrint caso você queira conversar sobre o filme. :)





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1 comentários

  1. Eu gostei e não gostei do filme,porque senti que foi algo muito mastigado,o filme deveria ter se desenvolvido mais.Achei que assim como divergente que eu realmente gostei e ficou paralela as minhas expectativas,insurgente seria a mesma coisa....

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