autoconhecimento
autoestima
Fazendo as pazes com o seu guarda-roupa (e com a sua aparência também)
1.12.14Isabelle Fernandes
Chega a adolescência e as roupas, que antes eram só uma forma de cobrir o corpo (e ser feliz exibindo por aí o seu personagem de desenho favorito) agora podem se transformar em uma fonte de angústia ou satisfação. No meu caso, foi a primeira. Nunca me dei bem com as minhas roupas, nunca soube escolher direito e o resultado final na frente do espelho fazia com que eu me sentisse uma jeca horripilante. Isso só começou a mudar depois que eu parei pra pensar: quem eu sou? Que parte de quem eu sou quero mostrar ao mundo?
Mas não pensem que esse processo foi rápido ou fácil. Até meus 12, 13 anos minha avó é quem escolhia a roupa que eu ia vestir. Ela abria meu armário, revirava e tacava as peças escolhidas em cima da minha cama enquanto eu tomava banho. E eu estava ok com isso, realmente não ligava. Até eu fazer novas amigas. Vi que elas se vestiam da forma como queriam, seguindo sua personalidade, seu estilo. Então comecei a me sentir horrivelmente mal vestida.
Só que, por eu deixar a escolha de roupas pra minha avó acabei não aprendendo a escolher minhas roupas, incluindo na hora de comprar peças novas. Ainda por cima eu não gostava do meu corpo, do meu cabelo, das espinhas no rosto....a lista era enorme. Junte isso a uma autoestima baixíssima e você tem uma garota bem desconfortável com a sua própria imagem. Passei um bom tempo assim, mas aos poucos fui me dando conta de algumas coisas. A primeira é que algumas roupas simplesmente eram a minha cara. Eu vestia e me sentia bem, e me reconhecia nelas. A segunda é que o cabelo, o corpo, as espinhas, tudo isso pode ser contornado se você souber se cuidar, mas também se souber se aceitar. Aprender a gostar de si do jeito que você é, mesmo com as imperfeições, é muito difícil, mas quando você chega a esse ponto tudo muda. Inclusive a forma como você se vê nas roupas.
Eu me encarando no espelho, na época |
Só que, por eu deixar a escolha de roupas pra minha avó acabei não aprendendo a escolher minhas roupas, incluindo na hora de comprar peças novas. Ainda por cima eu não gostava do meu corpo, do meu cabelo, das espinhas no rosto....a lista era enorme. Junte isso a uma autoestima baixíssima e você tem uma garota bem desconfortável com a sua própria imagem. Passei um bom tempo assim, mas aos poucos fui me dando conta de algumas coisas. A primeira é que algumas roupas simplesmente eram a minha cara. Eu vestia e me sentia bem, e me reconhecia nelas. A segunda é que o cabelo, o corpo, as espinhas, tudo isso pode ser contornado se você souber se cuidar, mas também se souber se aceitar. Aprender a gostar de si do jeito que você é, mesmo com as imperfeições, é muito difícil, mas quando você chega a esse ponto tudo muda. Inclusive a forma como você se vê nas roupas.
Tudo isso foi um processo que levou tempo, e agora aos 21 anos sinto que encontrei meu estilo, meu meio de expressão. Primeiro foi com a ajuda desse post aqui, falando justamente sobre encontrar seu estilo através do autoconhecimento. Daí vieram as perguntas "quem eu sou?", "o que eu quero mostrar ao mundo?", "com que palavra posso definir o que eu gosto?". Também fiquei observando as mulheres na rua, como elas combinam suas roupas e formam estilos variados. E aí eu pensava "nossa, gostei desse estilo", "esse aí é a minha cara", "eu usaria" e o eufórico "MEU DEUS EU PRECISO ONDE ACHO ISSO".
Quando vejo um chapéu coco na rua (estou meio que obcecada por eles atualmente) |
Então veio o passo complicado: encontrar as tais roupas e acessórios. Pra quem vive de loja de departamento, é uma missão quase impossível. Posso definir meu estilo como vintage-descontraído, é complicado encontrar roupas desse estilo, pelo menos nos lugares que costumo frequentar. E ainda tem a questão do tamanho e do caimento. Do ano passado pra cá perdi muito peso e cheguei aos 44kg, o que significa que as roupas, por menores que fossem, ficavam absurdamente largas em mim. Ou seja: quando eu encontrar AQUELA roupa, ela não cabia em mim. Só faltava eu sair quebrando tudo no provador ou me jogar no chão em posição fetal.
Cher Horowitz mostrando como se faz |
Então amigos, o que eu quero dizer com isso tudo é: pense no que você gostaria de transmitir ao mundo sobre você, e pense em como isso poderia ser traduzido em um estilo seu. Mesmo não tendo grana agora, essa coisa de se encontrar é um processo, então vai que quando você finalmente descobrir seu estilo você já não tem como começar a investir? Eu, por exemplo, ainda vivo de mesada e preciso sobreviver durante todo o mês com o que recebo. Então, como eu disse lá em cima, meu guarda-roupa está sendo atualizado aos poucos. Beeem aos poucos. E está bem melhor agora do que era antes.
Se você ainda está aí se perguntando porque isso é importante, finalizo com esta quote incrível:
"Estilo é uma forma de dizer quem você é sem ter que falar" |
- isabelle fernandes
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Isabelle Fernandes,
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1 comentários
Oi Isabelle!
ResponderExcluirEu ainda estou procurando meu estilo. As vezes tem aquela cosia de: "ah gostei, mas não fica bom em mim" E eu vou nas lojas e não acho nada que gosto, semana retrasada eu fui comprar, e nada me agradava, e aí eu vou me vestir e 'não tenho roupa".
isso de ser uma forma de se mostrar ao mundo, é interessante. Preciso me descobrir mais.
Enfim, bom texto!