CCSéries Dana Martins

5 séries que mudam a representatividade LGBT+

22.7.14Michelle


Eei! O nosso mês do LGBT+ foi em maio (SÉRIO QUE JÁ PASSOU UM MÊS INTEIRO NO MEIO DO CAMINHO?), mas o tema não vai embora do CC. Nós da equipe nos unimos para falar de 5 séries que trazem uma visão diferente de personagens LGBT+ e estão contribuindo para uma melhor representação. Abaixo você descobre quais são essas séries e por que elas vieram parar aqui.

Reparem que essas séries trazem perspectivas bem diferentes. E o mais legal? Cada vez encontramos mais exemplos da melhor forma de retratar um personagem LGBT+: como pessoa.

1- Vicious

Quando a equipe do CC decidiu que o tema de maio seria LGBT+, todo mundo começou a lembrar de filmes, personagens, séries. E uma coisa sempre saltava aos olhos: cadê o pessoal mais velho? Só existem homossexuais jovens? O que acontece com essas pessoas quando envelhecem? Será que mudam de “opção sexual”?

Daí lembrei imediatamente de “Vicious”, uma sitcom divertida centrada em uma turma de amigos idosos, cuja dupla de protagonistas é um casal gay vivido por Freddie (Ian McKellen - ator que assumiu sua homossexualidade já há algum tempo) e Stuart (Derek Jacobi). Além de ser diferente por trazer personagens maduros e um par romântico formado por pessoas do mesmo sexo, o programa também merece destaque por fugir do estereótipo de histórias LGBT: mostrar APENAS o preconceito, a AIDS, o final triste e muitas vezes trágico. "Vicious" vale a pena porque foca no relacionamento do casal e do grupo de amigos e nos problemas e situações engraçadas do dia a dia. Ou seja, é quase um "Friends" da terceira idade! - Michelle


2- Orange Is The New Black




O grande diferencial de Orange Is The New Black é dar vozes as mulheres, de todas as etnias, credos e orientações sexuais – este último, inclusive, fazendo presença na série desde a premissa. Quando Piper é sentenciada a cadeia, isso traz à tona todo o seu passado como namorada de uma traficante de drogas, um lado que seus amigos e familiares desconheciam até então. Dentro da cadeia, a homossexualidade é um assunto recorrente e desenvolvido de todos os ângulos certos – inclusive vemos a homofobia de algumas partes do sistema judiciário.

Mas talvez o maior exemplo do tipo de representatividade fenomenal que a série traz é Sophia Burset, a transexual imponente e sensual interpretada pela maravilhosa Laverne Cox. Nascida Marcus, ela tem de enfrentar uma grande crise quando sua dose de hormônios é reduzida pelos médicos da prisão, o que faz com que seu corpo lentamente volte a entrar em conflito com sua identidade. É o tipo de história que raramente é contada, mas que oferece muita oportunidade para discussão e reflexão. Esse é apenas um exemplo do tipo de histórias que essa série maravilhosa tem para contar. - Diego


3- My Mad Fat Diary

Um dos membros do grupo de amigos da Rae, o Archie, é gay. Por ser muito focada na protagonista, a série acaba desenvolvendo os personagens secundários mais lentamente. De qualquer forma, considero o Archie um personagem muito importante. Logo no início ele é apresentado como um garoto bonitinho e a Rae até se apaixona por ele, mas descobre que ele é gay e esse acaba se tornando um segredo entre os dois. Na segunda temporada, a história do personagem é retomada e vemos o Archie namorando uma garota. Quando a Rae descobre, ela força o Archie a terminar e, depois de um rolo que é melhor assistir para entender, acaba tirando ele do armário. Foi péssimo e o garoto ficou arrasado, gostei de como a série mostrou que essa é uma atitude horrível.

Agora, o que precisamos é que a série continue e volte a focar na história do Archie. Ele é um personagem ótimo e pode ser bem desenvolvido, inclusive uma storyline em que ele, finalmente, se apaixonada e dá certo. Fico na torcida. - Paulo


4- The Carrie Diaries

A história da adolescência da Carrie Bradshaw, personagem conhecida por Sex and the City, me encantou por vários aspectos, mas principalmente pelos personagens secundários. Ao contrário de várias outras séries, eles não estão ali apenas como apoio para a protagonista, todos eles são tridimensionais e têm a sua própria história. Entre eles, o meu favorito é o Walt, um dos melhores amigos de Carrie.

Walt é gay e sofre bastante para se assumir. No início da série, ele namora a Maggie, outra amiga da Carrie, mas sabe que essa não é a coisa certa. Aos poucos o Walt descobre mais sobre si e e é muito difícil para ele aceitar que é homossexual. Uma das grandes questões do Walt é aceitação dos pais e de todos que convivem com ele. Se hoje, em 2014, é difícil, imagina na década de 1980? E os pais dele ainda tinham aquela ideia fixa de que o filho iria para uma boa faculdade, casaria com uma boa moça e construiria uma boa família. Walt sofre muito com isso tudo, mas também tem bons momentos e um relacionamento bonitinho com o Bennet, um cara um pouco mais velho que trabalha em uma revista famosa. É uma pena que a série foi cancelada, porque poderiam desenvolver o personagem ainda mais. - Paulo


5- The New Normal


Com uma única temporada, “The New Normal” foi uma das séries que mais avançou em representatividade LGBT+. Ela não traz personagens gays para “cumprir a cota”, pelo contrário. O Bryan e o David são adultos, casados, felizes, querem ter um filho e os PROTAGONISTAS da série! Quantas vezes você viu isso acontecer?

A comédia gira em torno dos dois conseguindo uma mulher para gerar o filho deles e todos os dramas envolvendo essa nova família que está se formando. Mesmo com algumas ressalvas, como a falta de demonstrações de carinho entre os protagonistas, achei a série ótima e muito agradável de assistir. Ela trata do cotidiano de um casal como qualquer outra e mostra que homem-mulher-filho não é a única formação de família possível. A própria Goldie, doadora do óvulo, também é um exemplo disso, formando uma família com a filha e a mãe.

Por mais que o final realmente encerre tudo de uma forma legal, o cancelamento foi meio triste. Os roteiristas sempre sabem como criar novas histórias para seguir com uma série, mas a gente imagina por que essa terminou tão cedo, né? - Paulo



6- Várias outras

Eu acho que as séries, talvez, estejam beeem a frente em termos de representatividade, mais até do que os livros. Ainda to chocada que outro dia liguei a tv e tava passando um episódio de Grey's Anatomy, centrado em uma médica que tava em crise com a namorada (esposa?) e o pai machão aparece para dar um suporte, tinha até uma cena dessa namorada com outra mulher na cama. Aí acaba e começa Super Fun Night, em que uma das amigas da Rebel Wilson começa a duvidar a própria sexualidade. Depois começa a passar Two and a Half Men - aquela série com o cara super mulherengo, que o ator principal saiu, e agora colocaram uma personagem que é filha dele e... super mulherenga. É tipo o mesmo personagem, só que interpretado por uma mulher. Eu não sei se era uma noite especial LGBT+ e eu não tava sabendo, só que eu to chocada até agora. Isso é realidade??? 

Não sei afirmar sobre como é a representação nessas séries, se eles estão só incluindo o estereótipo de gay ou trazendo novas perspectivas para a representação da sexualidade como as 5 séries citadas. E como: Orphan Black, que temos personagens gays e transsexuais; Faking It, que temos um post só para analisar a perspectiva única na televisão que a série traz sobre sexualidade; Looking, que estamos esperando um post do Diego; Glee, que também tem um post onde o Paulo mostra como a série quebra barreiras; e realmente muitas outras sérias. Sério. - dana martins



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