anna e o beijo francês CCSexta

Vamos viajar para ... o mundo dos romances

27.7.13Isabelle Fernandes


Durante esse mês, nós do CC demos dicas para passarmos pelo fim do mundo, pela vida adolescente e pelo terror sobrenatural. Agora, seguindo o caminho inverso da obscuridade do último CCSexta, hoje embarcaremos nos....romances.

Você que adora um bom romance, seja ele recheado de comédia ou com altas doses de drama. Você que simplesmente quer sair do seu lugar comum e ler ou assistir a algo do gênero nestas férias: este é o seu post. Reuni aqui alguns livros e filmes que estão no topo da minha lista das melhores e mais arrebatadoras histórias.

Quer saber quais são? Prepare os lencinhos e vamos lá

É uma verdade universalmente conhecida que muita gente por aí torce o nariz para os romances, declarando que eles são “coisas para mulherzinha”, ou que eles não acrescentam em nada na sua bagagem como leitor. Tem gente até que tem vergonha de dizer que gosta do gênero!!! Até concordo que muitos deles possuem apelo feminino, porém, contudo, entretanto, acredito que todo mundo possa se interessar por algum título. Sem falar que, se o autor souber como trabalhar a história, romances proporcionam um terreno excelente para reflexões e críticas a cerca de qualquer coisa.

Por isso mesmo, resolvi que o meu CCSexta seria sobre os romances. Das histórias contemporâneas aos clássicos de Jane Austen, acredito que há algum que será significativa para você e a minha missão é abrir caminhos. Apresentarei aqui as minhas histórias favoritas, começando com um filme e um livro, sendo que este poderia se encaixar no post do Paulo, porém I do what I want ELE É LINDO DEMAIS PRA NÃO SER CITADO NOS ROMANCES:


- Anna e o Beijo Francês

Anna Oliphant é uma adolescente como qualquer outra, com uma melhor amiga inseparável, um romance quase certo e muitos planos. Então, seu pai traz uma mudança que vira o mundo de Anna de cabeça para baixo: ela é obrigada a estudar em Paris. E ela sequer sabe falar francês!! Chegando lá, ela se surpreende ao fazer novas amizades e com Étienne St. Clair, o bonitão de nome feio por quem ela começa a desenvolver sentimentos confusos.

Essa é mais ou menos a sinopse do livro, que é simplesmente ADORÁVEL. Ao olhar para essa capa e até a sinopse você, criatura cética, pensa "ai meu deus, mais um livro bobinho", mas ele é totalmente ao contrário. A autora consegue te transportar para história com uma delicadeza incrível, além de os personagens serem apaixonantes e crescerem ao longo da história. Bônus::: Paris, minha gente. Você se sente como se estivesse realmente lá, andando com a Anna. E, é impressão minha, ou a autora deu uma alfinetada básica no Nicholas Sparks?? (leiam e entenderão, HAHAHA)

Mais livros recomendados: O Morro dos Ventos Uivantes (pra quem gosta de desgraça), Bem Mais Perto (mais um da série adolescente), Encantos do Jardim,  A Marca de uma Lágrima (BRAZUCA, MINHA GENTE!!).


- O Amor não tira Férias

O filme conta a história de Amanda e Iris, duas mulheres totalmente diferentes que após - respectivamente - uma traição e uma desilusão amorosa daquelas, decidem ir atrás de novos ares. Através das coincidências da internet, elas acabam cruzando caminhos, combinando trocar de casa por alguns dias. Amanda vai para o interior da Inglaterra, onde Iris mora, e conhece o irmão lindo e fofo desta. Enquanto isso, Iris vai para a mansão de Amanda na Califórnia e conhece Miles, um compositor de trilhas sonoras (AHH!!) e Arthur, um roteirista aposentado de Hollywood.

Mais uma vez, esta é uma história que parece boba e superficial, mas não é. Todos os personagens possuem uma história e um desenvolvimento lindos, além de serem extremamente carismáticos. Acho que o que mais me impressionou foi a lição de vida que o Arthur dá ("Você é a protagonista da sua história, mas por alguma razão, você está atuando como a melhor amiga"), além, da trilha sonora LINDA do Hans Zimmer paixão da minha vida, os cenários e o Jude Law.

Não, sério. Jude fazendo o papel de um escritor que usa óculos e chora à toa é demais.

Você que é, meu amor

Mais filmes recomendados: Flipped - Meu Primeiro Amor (absurdamente chorável), Armações do Amor, A Sogra, Falando Grego, Dirty Dancing (cláááássicoooo), O Diário de Bridget Jones, Melhor É Impossível, Para Sempre Cinderela.

Nota::: para mim, se no filme existe um casal ou vários que se amam/vão se amar, é romance. Então os recomendados da lista podem fazer parte de outros gêneros, rs.

Agora, amigos, vem a melhor parte. O supra sumo, a nata, a revolução do gênero. Sim, estou falando dela.

JANE AUSTEN.

Acho que não preciso dizer o quanto essa mulher é incrível. No auge da época vitoriana, quando as mulheres não possuíam o direito de escolher o que gostariam de ser ou fazer, vem essa linda desafiando todo mundo e escrevendo vários romances modernos que fazem sucesso estrondoso até hoje. Suas histórias são sempre recheadas de humor, ironias e críticas aos costumes os quais você não precisa se esforçar para perceber a semelhança com os que ainda existem. Traduzindo: Jane Austen é um gênio.

Porém, a leitura dela não é das mais fáceis. Os acontecimentos se dão de forma beeem devagar e como ninguém tinha o que fazer na época, as famílias viviam entocadas por meses na casa alheia, o que pode ser um tanto irritante. Mas quando menos se espera, você percebe estar completamente envolvido na trama.

Ainda não li todos os livros publicados - foram apenas três -, mas recomendo facilmente todos eles pois cada um tem uma área a explorar. Mas para dar a vocês um gostinho, falarei mais detalhadamente de dois dos meus favoritos (porque os três que eu li conquistaram o meu coração).

- Persuasão

Anne Elliot era jovem e perdidamente apaixonada por Frederick Wentworth. O romance dos dois tinha tudo para dar certo, mas havia um problema: ele não possuía status. E a família de Anne não aprovava a ligação de uma família tão importante com um zé ninguém. Porém, o que realmente a demoveu deste relacionamento foi a velha amiga da família, muito querida por Anne, que o considerava indigno. Anos depois, eles se reencontram e antigos sentimentos e lembranças vêm à tona.

Esse livro foi o último escrito pela Jane, e acredito que ela devia estar profundamente revoltada. A história inteira gira entorno da futilidade presente na época, claramente exposta pela família da Anne, além do preconceito social já conhecido nas outras obras . Sem status, sem dinheiro, você não vale a pena. Essa era a máxima da época. E no meio disso tudo, estava o fofíssimo Wentworth, que volta ricaço e faz o olho da mulherada solteira crescer, para a infelicidade e desespero da sua (será?) ex-amada. Essa volta dele trás tanta coisa, tantos acontecimentos, tantas reviravoltas, que só lendo. SÓ LENDO.


- Orgulho e Preconceito 
(deixei o top dos tops por último, porque sou dessas)

Essa história é quase um ode ao feminismo, porque vamos lá né. Elizabeth Bennet não é o tipo de mulher encontrada na sociedade daquela época. Ela era firme em suas opiniões, acreditava que poderia viver muito bem sem um casamento e uma casa para cuidar, além de ser dona de um senso de humor sarcástico e afiado. Mas vamos à sinopse.

Tudo começa quando os Bingley e Mr. Darcy, grupo de amigos da alta sociedade surgem para passar uns tempos no casarão vizinho aos Bennet. E é aí que as coisas começam a acontecer. Lizzie considera Darcy repulsivo, taciturno e orgulhoso, enquanto os modos ela e de sua família são severamente julgados por Caroline Bingley. Do outro lado, Charles Bingley e Jane Bennet, a irmã mas velha, começam a se envolver, o que anima profundamente a Mrs. Bennet.
Orgulho e Preconceito (2005):
minha cena favorita do filme inteiro, pfvr 

Orgulho e Preconceito é uma história tão linda, tão adorável, tão tocante, que já ganhou diversas adaptações dentre elas livros, séries e filmes. Dentre elas, posso citar as séries Lost in Austen e Orgulho e Preconceito (1995) da BBC, a websérie The Lizzie Bennet Diaries, os filmes e livros da Bridget Jones (sim, a história dela é baseada na obra da Austen) e o famoso, amado e divônico filme de 2005, com Keira Knightley e Matthew MacFadyen.

Como vocês podem ver, existem romances de todos os tipos, para agradar a todo tipo de público. Portanto, deixe o preconceito de lado (o que Jane Austen diria de você? RISOS), pegue a caixa de lenços, um balde de pipoca e embarque nesse mundo. Afinal de contas, um pouco de doce faz bem pra alma :D


- isabelle fernandes

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3 comentários

  1. Curti o post; gosto de romances bem bolados, convincentes... Por exemplo, detestei o único que li do Nicholas Sparks.
    Por outro lado, adorei o fofo Anna e o Beijo Francês. Bem jovem, leve e divertido. E também achei uma graça o filme O Amor Não Tira Férias, gosto muito da Kate Winslet!
    E nossa, desde criança quero muito ler O Morro dos Ventos Uivantes (e sim, eu curto uma desgraça hahaha).
    Sobre Jane Austen, está aí uma certa frustração, se é que posso chamar assim. É que ainda não li nadinha da autora, apesar de querer muito. Daí toda vez que vejo algo relacionado a ela e aos seus livros, fico me "culpando", remoendo o fato de ainda não tê-la lido. Mas lerei!

    Um beijão! Livro Lab

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  2. Parabénsssssssssssssssss tb adorei pq vc falou quase tudo que penso e gosto. Só falta fazer um post sobre meus amados romances de banca, só tá perdoada pq falou do Mr. Darcy e cê sabe né???? Amor da minha vida.
    Ahhhhhh não gostei nada de sua olhadela no Jude Law,pode tirando o cavalinho da chuva.
    Sem mais, Jane Austen é realmente diva. Minha musa, inspiração. Autora favorita.Linda demais.

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  3. Adorei o post. Adoro romances, incluindo as desgraças tipo O Morro dos Ventos Uivantes. Filmes, livros, séries. Adoro!

    Beijos,
    Carissa
    www.carissavieira.com

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