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[Resenha] O Teorema Katherine, de John Green

30.3.13Paulo V.


Mini-crítica - Resumo: 

O segundo livro escrito pelo John Green (e terceiro publicado no Brasil), “O Teorema Katherine”, conta a história de Colin Singleton, um ex-menino prodígio que acabou de levar um pé na bunda pela 19ª garota chamada Katherine que ele namora. Para esquecer os problemas e relaxar, ele e seu melhor amigo, Hassan, saem em uma road trip.

Assim como todos do autor que eu li, recebeu nota máxima e entrou para os favoritos. Mais uma vez, John Green consegue misturar uma ótima história com uma narrativa fantástica. O livro é recheado de frases marcantes, sempre presentes no livro do autor, e merece a atenção de quem curte literatura Young Adult.


Quer saber mais? Clique abaixo para conferir a resenha completa.



Capa fanmade baseada num quote do livro:
"Os livros são o melhor exemplo de
Terminado: deixe-os de lado e eles
o esperarão para sempre"

Dizer que eu gostei do livro é desnecessário, porque ele é um livro do John Green, um dos meus autores Semana John Green também devem ter dado uma pista do meu amor pelo livro.
favoritos. Os posts da

O segundo livro da carreira do Green conta a história de Colin Singleton, um menino que sempre esperou o seu momento “Eureka”, quando ele teria a ideia que faria seu status mudar de “prodígio” para “gênio”.

Mas acontece que Colin não é mais tão menino assim, ele tem 17 anos, acaba de terminar o ensino médio e está vendo todo o prestígio que recebeu por ser um prodígio ir embora. Para completar, ele também levou seu décimo nono pé na bunda, todos eles dados por uma garota chamada Katherine. E nenhuma delas foi uma variação do nome, todas tinham as mesmas letras, na mesma ordem: K-a-t-h-e-r-i-n-e.

Seguindo um pouco do estereótipo de gordinho-engraçado-nerd-e-fã-de-Star-Trek, Hassan é o melhor amigo de Colin e é ele quem encontra uma simples solução para o problema do amigo: uma road trip. Os dois saem juntos numa viagem de carro e acabam parando em Gutshot, uma cidadezinha no Tennessee, onde eles conhecem Lindsey Lee Wells e a história se desenrola.

Diferente dos outros livros do John, “Katherine” é narrado em terceira pessoa e possui um tom mais voltado para o cômico. As notas de rodapé e os anagramas são outros artifícios usados pelo autor que deixam o livro ainda mais interessante. Antes de receber o livro em português, eu estava lendo no idioma original e era interessante, porque o tom do livro fazia com que eu escutasse o próprio John lendo o livro na minha cabeça.

Mas não tenha uma ideia errada quando eu digo que o livro tem um tom cômico, porque isso não é o principal. Ele é como qualquer outro do autor, falando sobre crescimento e com várias citações marcantes. Para ter ideia, a minha cópia do livro tem mais citações marcadas, rabiscos e comentários do que os outros do John que eu já li.

O autor é muito talentoso em criar personagens reais e que você queria que fossem seus amigos. Assim como aconteceu com o Miles (“Quem é você, Alasca?”), o Q (“Paper Towns”), a Hazel e o Augustus (“A Culpa é das Estrelas”), eu me identifiquei com o Colin, o Hassan e a Lindsey.

Gosto do fato de que os problemas e dúvidas mostrados não são só os do protagonista. Em “Katherine”,  a Lindsey não é só o que vemos no início e o estereótipo que parece definir bem o Hassan é quebrado ao longo da história. Todos eles recebem destaque em algum momento e as questões deles são tão reais que não é difícil se projetar no lugar dos personagens – eles são como qualquer outro jovem.

Aliás, foi bom eu ter falado dos outros personagens do John, porque sempre se comenta a semelhança entre os protagonistas que o autor cria. E isso é verdade. Miles, Colin e Q são muito próximos, os três começam o livro perdidos e se encontram no decorrer da história e todos eles têm uma garota “ideal” (Alasca, Katherine(s) e Margo, respectivamente). Mas, se você for parar para pensar, esse é o mesmo perfil da maioria dos livros Young Adult contemporâneos.

Uma das minhas citações favoritas.
Acredito que o John usa uma fôrma para criar seus protagonistas, mas ele molda cada um deles de um jeito diferente. A única que não segue esse padrão é a Hazel e não é pelo fato de ela ser menina, pois as características da personagem são muito diferentes. A semelhança que vejo com ACeDE é entre Augustus e Colin, porque ambos tem esse desejo de serem lembrados e querem deixar sua marca no mundo – mas quem nunca pensou sobre isso?

Obviamente, “O Teorema Katherine” recebe nota máxima e entra para os meus favoritos. Antes de ler, eu tinha uma ideia de que ia ser um livro mais fraco do John por causa dos comentários que eu sempre via, mas ele foi tão impactante quanto os outros. Na verdade, eu acho possível que ele seja até o meu favorito do John Green. É difícil afirmar com certeza, porque eu li os quatro livros solo do John em momentos diferente e cada um teve sua importância.

E já que toquei no assunto, devo dizer que todos os livros dele são favoritos, mas por motivos diferentes. “A Culpa é das Estrelas” é um livro perfeito e que me encantou por conta da qualidade da história, enquanto “Alasca”, “Paper Towns” e “Katherine” me encantaram pela importância e influência que exerceram em mim.

Recomendo “O Teorema Katherine” para quem gosta de livros Young Adult. Se você ainda não nenhum livro do Green, o que você está fazendo?!

>>>Para quem gosta do John e quer saber quando os outros livros dele vão sair aqui: “Paper Towns” também será publicado pela Intrínseca, provavelmente no segundo semestre. “Will Grayson, Will Grayson”, com o David Levithan, sai pela Galera Record em maio, com o título “Will & Will”. Quanto a “Let it Snow”, não sei nem se foi comprado por alguma editora.


- Livro: "O Teorema Katherine" ("An Abundance of Katherines")
- Livro Único
- Autor: John Green
- Editora: Intrínseca
- No skoob
- Comprar: SaraivaCultura Travessa.
* Esse post faz parte do especial #TeoremaJohnGreen




Classificação:


(5/5 conversinhas)

A cópia do livro que eu li foi uma prova de leitura cedida pela Intrínseca. 
Muito obrigado! :)

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2 comentários

  1. Nunca li nada do John Green, acredita? Nem mesmo o tão queridinho A Culpa é das Estrelas. Mas a verdade é que morro de vontade de ler algo dele, só não tive oportunidade ainda. Por conta de tudo o que li de positivo, acho que leria primeiro o A Culpa, mas é fato que quero ler todos os outros que já foram lançados no Brasil.
    Ah, adorei essa capa fanmade, genial!

    Bjos e boa Páscoa!
    Livro Lab

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  2. Amo Green...a maneira como ele escreve. já li a culpa e o teorema. agora estou lendo quem é vc, alasca e estou amando!!!!

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