Bruna Silva CCIndicação

Somando, multiplicando e, agora, dividindo: Ed Sheeran voltou com tudo

23.3.17Colaboradores CC



Meu menino Ed tava de folga (que folga, né? Quisera eu que meu chefe me desse um ano de férias!),mas voltou com tudo e inclusive começou a turnê na semana passada!

Pra quem gosta de Ed Sheeran, esse texto pode ser mais do mesmo, mas vou tentar convencer os que não gostam a dar uma chance pro álbum novo, Divide, e explicar porque eu considero esse o melhor 
cd da carreira dele. Vamos então falar um pouquinho dos outros álbuns (Plus e Multiply), pra você entender a intensidade do frenesi dos fãs (fora a hype natural, né).


AAAAAAAAA

Plus é o álbum de apresentação: o garoto Ed consegue compilar o melhor dos seus EPs e algumas canções inéditas num álbum marcante e mostra a que veio, usando apenas de voz, violão e pedal. Muita bad, até nas músicas mais agitadas, e letras que cativam profundamente... Você nem precisa ter experimentado qualquer droga na vida pra se emocionar com “The A Team”, por exemplo. No entanto, comparado aos outros, é, obviamente, o cd mais “cru” e, acredito eu, o que fala mais com a essência da música dele.

Tô aqui fingindo que não dói...

Multiply veio pra lança-lo vários degraus acima: ainda que suas apresentações continuem apenas com voz e violão, ele investe outros sons e, assim, num poderoso pedal de loop (ele já usava um, mas dessa turnê parece mais um computador nos pés de tão grande, hahaha) para conseguir reproduzir os sons de sua imaginação. Investe também numa aproximação maior com o pop, principalmente com “Sing” e num romance mais feliz, com o hit “Thinking Out Loud” que, aposto, não saiu da sua cabeça por uns meses.

Eu chorei só um pouquinho quando esse clipe lançou...

Agora, sobre o Divide: não por ser o último, mas por ser tão surpreendente quanto bom, eu acredito que seja o melhor cd da carreira desse moço até agora. É uma reunião de diversas influências, que acredito que ele tenha obtido ao longo dessas férias do ano passado, com o que ele já fazia com maestria, na voz, no violão e com muitos outros instrumentos. Ele desenvolve estilos para os quais eu, honestamente, nunca ia imaginar que tinha tanta aptidão, que aparece em músicas como Barcelona e Bibia Be YeYe. Eu sinto que ele se desafia cada vez mais e consegue fazer isso sem se perder, o que é incrível. O cd é um compilado que faz sentido, porque não perde a essência do Ed, mas acrescenta coisas novas, e é simplesmente sensacional.

Agora, agregando a única crítica que eu consigo fazer a esse menino: cadê a banda? Ele vem compondo e produzindo músicas cada vez melhores e eu acabo sentindo falta disso porque, principalmente esse álbum, bem mais “robusto” que os primeiros, merece arranjos mais elaborados e colaboração de mais instrumentos e vozes. Não que ele não faça bonito na voz e violão, mas o caminho que tem traçado, musicalmente falando, precisa dessa completude mesmo nas apresentações ao vivo, entendem? Bom, essa é a minha opinião e talvez seja impopular, mas, no Brit Awards ele tocou com banda e OOOOLHA, recomendo. Assista aqui.

Olha a repaginada que instrumentos infantis deram em Shape of You, hahahaha...

Pra terminar, vou colocar minhas 5 favoritas aqui, sem ordem de preferência, mas não deixem de ouvir essa preciosidade por inteiro:

1 – Castle On The Hill: fala da infância e adolescência dele, no interior da Inglaterra, fazendo loucuras com os amigos (quem nunca) e de saudades. Estou num momento de reviver amizades da adolescência, talvez isso ajude essa música a mexer tanto comigo. Recomendo, principalmente, pra quando você resolver viajar de carro.

2 – How Would You Feel (Paean): romântica, né? Estilo Thinking Out Loud, é difícil resistir a essas, principalmente quando você está namorando. (se for o seu estilo, recomendo também Perfect e HeartsDon’t Break AroundHere)

3 – Dive: pro crush, naquele momento se você não sabe se investe ou não. É pesadíssima em termos de arranjo, não tem como não se apaixonar e tem uns dos versos mais lindos desse cd. Só ouça, você não vai se arrepender, é a favorita da maioria dos meus amigos, inclusive (e obviamente meus amigos tem bom gosto, senão não quereriam minha amizade, hahaha).

4 – What Do I Know: Eu finalmente arrumei um refrão dele pra tatuar (se e quando eu tomar coragem de fazer uma tatuagem) e é dessa música. É pra cima, leve e pra mim, é estilo de vida. Fora do "padrão Ed Sheeran", é uma música totalmente good vibe.

5 – SaveMyself: Saí da good vibe pra uma música bem melancólica. Mas é sobre decisão. Aquele momento em que você decide que não vai mais colocar os outros na sua frente o tempo todo, ou seja, um tapa na minha cara (pra quem quer bad vibe de verdade, ouçam Happier e Supermarket Flowers).

Até a próxima!


***

Sobre a autora:
Sou Bruna, filha dos meus pais, a não delicada, mãe dos unicórnios, rainha dos memes, primeira do meu nome. Formada em Direito, Potterhead, flamenguista, louca por Disney, louca por Ed Sheeran, música latina e algumas bizarrices.

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