por Paulo V. Santana
- Selma (2014)
- Direção: Ava DuVernay
- Roteiro: Paul Webb
- Elenco: David Oyelowo, Carmen Ejogo, Oprah Winfrey, Tom Wilkinson...
- Drama - 128 min - Trailer
- Nos cinemas brasileiros desde 5 de Fevereiro de 2015
Minicrítica ~ Sinopse:
O filme é a biografia de Martin Luther King (David Oyelowo), que em 1965 liderou a Marcha pelos Direitos Civis desde a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital Montgomery. A campanha buscava a igualdade de direitos eleitorais para a comunidade afro-americana. 2 indicações ao Oscar 2015: Melhor Filme e Melhor Canção Original ("Glory", por John Legend e Common).
O que o Paulo achou?
Uma das primeiras cenas do filme - em que uma explosão mata um grupo de meninas negras - revela uma característica que o filme carrega até o fim: a sinceridade, a falta de medo de mostrar a violência contra os negros. Por tratar de Martin Luther King e a luta pelo direito ao voto dos negros americanos, episódio histórico bastante conhecido, o longa não apresenta nenhuma história inovadora ou inédita. No entanto, Selma é um filme relevante pela forma como a história é contada. Entre cenas de protesto marcadas pela violência dos brancos, há diversos diálogos e discursos que colocam a temática racial em discussão.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5LlTXLW6LTQYRj6A61f6BGuVO1Tj8IJNMlPjb93ZVFbN1FIX1TmP0U8f8wUjafN7IJ_yddjfFULo8FFcoLaNRCMoxAObxnyYLPB8VUNxJGcQZG8kPXvhHwATuTTXX28l-rJ9Bef0r3xrv/s1600/5a_photo_selma.jpg)
Um dos comentários que vi quando saíram os indicados do Oscar era por conta da ausência de Ava DuVernay entre os finalistas na categoria de melhor direção, o que concordo plenamente. Selma, um dos únicos - senão O único - filmes etnicamente diversos, foi injustiçado ao receber apenas duas indicações. E como não deve levar Melhor Filme, vai ter que se contentar com o provável prêmio de Melhor canção original para "Glory", do John Legend. Uma pena, já que é um dos meus favoritos nessa temporada de premiações.
Sobre a nota: 4/5 conversinhas. Um filme bom como esse não poderia receber menos que isso.
Comentário extra:
Eu assisti ao filme junto com a minha amiga Priscilla, que acompanha o blog e já contribuiu trazendo assuntos interessantes, e ela fez comentários bastante pertinentes. Primeiro, precisamos reparar na data de lançamento de Selma nos Estados Unidos: quatro meses após o assassinato de Mike Brown. Durante os protestos em Ferguson muitas pessoas criticaram a violência dos manifestantes dizendo "o que Martin Luther King diria?". Bom, MLK era pastor e pacifista. Existem modos diferentes de se manifestar - o que o próprio filme passa ao fazer uma oposição entre Luther King e Malcolm X - e a reação policial em Ferguson foi desproporcional. Além disso, em alguns momentos o filme acaba reforçando a ideia de "nós precisamos votar, não marchar", o que pode passar uma ideia não muito legal de que apenas conquistar direitos iguais no papel é suficiente. A forma de ativismo que Martin Luther King exerceu é válida, claro, mas não pode ser tomada como parâmetro de certo ou errado ao falar de outras manifestações pela igualdade.
4 comentários
Caramba, esse trailer já me deixou emocionada, mas também, sou uma manteiga derretida, e matérias, filmes, qualquer coisa que seja sobre igualdade social me comove, vou assistir com certeza!
ResponderExcluircultsalad.blogspot.com.br
Estou ansioso para ver.
ResponderExcluirmeu prof passou esse filme e todas as pessoas da sala se emociono
ResponderExcluirmeu prof passou esse filme e todas as pessoas da sala se emociono
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