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[Resenha] Selma: Uma Luta pela Igualdade, filme

19.2.15Unknown

por Paulo V. Santana

 - "Selma: Uma Luta pela Igualdade"
 - Selma (2014)
 - Direção: Ava DuVernay
 - Roteiro: Paul Webb
 - Elenco:  David Oyelowo, Carmen Ejogo, Oprah Winfrey, Tom Wilkinson...
 - Drama - 128 min - Trailer
 - Nos cinemas brasileiros desde 5 de Fevereiro de 2015








Minicrítica ~ Sinopse:

O filme é a biografia de Martin Luther King (David Oyelowo), que em 1965 liderou a Marcha pelos Direitos Civis desde a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital Montgomery. A campanha buscava a igualdade de direitos eleitorais para a comunidade afro-americana. 2 indicações ao Oscar 2015: Melhor Filme e Melhor Canção Original ("Glory", por John Legend e Common).

Quer saber mais? Clica aí embaixo ;)


O que o Paulo achou?

Uma das primeiras cenas do filme - em que uma explosão mata um grupo de meninas negras - revela uma característica que o filme carrega até o fim: a sinceridade, a falta de medo de mostrar a violência contra os negros. Por tratar de Martin Luther King e a luta pelo direito ao voto dos negros americanos, episódio histórico bastante conhecido, o longa não apresenta nenhuma história inovadora ou inédita. No entanto, Selma é um filme relevante pela forma como a história é contada. Entre cenas de protesto marcadas pela violência dos brancos, há diversos diálogos e discursos que colocam a temática racial em discussão. 

E é exatamente isso que você deve esperar: um filme muito bom, construído com diálogos que revelam o que aconteceu além da Marcha pelos Direitos Civis em si. Achei o roteiro muito eficiente ao mostrar as opiniões dos políticos brancos - que elegem "prioridades políticas" -, as diferentes formas de ativismo, divergências dentro de um mesmo movimento e a capacidade de influência de Martin Luther King, elevado ao posto de líder.
Um dos comentários que vi quando saíram os indicados do Oscar era por conta da ausência de Ava DuVernay entre os finalistas na categoria de melhor direção, o que concordo plenamente. Selma, um dos únicos - senão O único - filmes etnicamente diversos, foi injustiçado ao receber apenas duas indicações. E como não deve levar Melhor Filme, vai ter que se contentar com o provável prêmio de Melhor canção original para "Glory", do John Legend. Uma pena, já que é um dos meus favoritos nessa temporada de premiações.

Sobre a nota: 4/5 conversinhas. Um filme bom como esse não poderia receber menos que isso.


Comentário extra:

Eu assisti ao filme junto com a minha amiga Priscilla, que acompanha o blog e já contribuiu trazendo assuntos interessantes, e ela fez comentários bastante pertinentes. Primeiro, precisamos reparar na data de lançamento de Selma nos Estados Unidos: quatro meses após o assassinato de Mike Brown. Durante os protestos em Ferguson muitas pessoas criticaram a violência dos manifestantes dizendo "o que Martin Luther King diria?". Bom, MLK era pastor e pacifista. Existem modos diferentes de se manifestar - o que o próprio filme passa ao fazer uma oposição entre Luther King e Malcolm X - e a reação policial em Ferguson foi desproporcional. Além disso, em alguns momentos o filme acaba reforçando a ideia de "nós precisamos votar, não marchar", o que pode passar uma ideia não muito legal de que apenas conquistar direitos iguais no papel é suficiente. A forma de ativismo que Martin Luther King exerceu é válida, claro, mas não pode ser tomada como parâmetro de certo ou errado ao falar de outras manifestações pela igualdade.




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4 comentários

  1. Caramba, esse trailer já me deixou emocionada, mas também, sou uma manteiga derretida, e matérias, filmes, qualquer coisa que seja sobre igualdade social me comove, vou assistir com certeza!

    cultsalad.blogspot.com.br

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  2. meu prof passou esse filme e todas as pessoas da sala se emociono

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  3. meu prof passou esse filme e todas as pessoas da sala se emociono

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