Alliah CCLivros

Manifesto Irradiativo: por diversidade na literatura especulativa nacional

12.1.15Unknown


Em tempos de debates sobre os limites da liberdade de expressão, algumas vozes preconceituosas alcançam proporções absurdas. Vozes que partem de uma posição de privilégio. Vozes que detêm o domínio. Vozes que silenciam minorias. 

Se vemos essa situação na sociedade como um todo, não seria diferente no meio das artes. As obras de ficção de maior de destaque, no geral, partem daquela perspectiva do homem branco cis heterossexual e são muito excludentes. É por isso que, através de nossos textos, buscamos sempre valorizar a diversidade e defender sua representação em tudo o que lemos e assistimos. Reconhecemos a importância da representatividade e hoje demonstramos publicamente o nosso apoio ao Manifesto Irradiativo, organizado por Alliah e Jim Anotsu.



“O mundo do papel e das telas ainda é dominado por homens cis brancos fazendo o que sempre fizeram e refazendo o que sempre fizeram. É por isso que acreditamos numa forma de tomar isso de assalto, fazendo barulho com o que temos e o que podemos para mudar esse cenário. Queremos que a literatura de gênero evolua, que abrace todas as pessoas do mundo e não apenas uma minúscula parte dele.
Por isso um movimento de ruptura se faz necessário.
- trecho da carta que acompanha o Manifesto [leia na íntegra]



Já perdi a conta de quantas vezes que falamos sobre diversidade aqui no blog e muitos outros posts ainda virão. A luta pela representatividade faz parte dos princípios do blog e estaremos sempre levantando essa bandeira. Este post é uma divulgação, um pedido de apoio a Movimento Irradiativo, tão importante para nos unirmos diante de um desejo em comum: uma literatura mais includente.

Mas se você ainda está perguntando o que diabos queremos com o Movimento, aqui vão algumas respostas:

PORQUE não vamos deixar nenhum discurso de ódio passar batido; 
PORQUE pessoas de todas as cores e tonalidades, que são subrepresentadas e discriminadas, merecem espaço na literatura especulativa nacional como personagens, escritores, ilustradores, editores, e demais profissionais do mercado editorial; 
PORQUE mulheres cis e mulheres trans merecem espaço na literatura especulativa nacional como personagens, escritoras, ilustradoras, editoras, e demais profissionais do mercado editorial; 
PORQUE pessoas trans, incluindo todo o guarda-chuva de identidades genderqueer e não-bináries, merecem espaço na literatura especulativa nacional como personagens, escritores, ilustradores, editores, e demais profissionais do mercado editorial; 
PORQUE pessoas homossexuais, homorromânticas, bissexuais, birromânticas, panssexuais, panrromânticas, demissexuais, demirromânticas, assexuais, arromânticas, e queer merecem espaço na literatura especulativa nacional como personagens, escritores, ilustradores, editores, e demais profissionais do mercado editorial; 
PORQUE pessoas com diversidade funcional e pessoas neurodivergentes merecem espaço na literatura especulativa nacional como personagens, escritores, ilustradores, editores, e demais profissionais do mercado editorial; 
PORQUE todos os corpos devem ser representados com igualdade e respeito em sua diversidade, sem gordofobia; 
PORQUE pessoas das comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas, rurais, em favelas e demais camadas socioeconômicas marginais merecem espaço na literatura especulativa nacional como personagens, escritores, ilustradores, editores, e demais profissionais do mercado editorial; 
(...) 
PORQUE falamos do nosso tempo para pessoas do nosso tempo, conhecendo o passado e nossos precursores, mas com os dois pés firmes no presente e os olhos num futuro que acreditamos pode ser melhor, diverso e colorido; 
(...) 
PORQUE nossos inimigos têm armas, nós temos todo o resto; 
PORQUE nossa arte é nossa arma.





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