por Igraínne Marques
- "Rock In Rio: O Musical"
- Direção: João Fonseca;
- Atores: Lucinha Lins, Guilherme Leme, Hugo Bonemer, Yasmim Gomlevksy, Ícaro Silva...
- Em cartaz em: Cidade das Artes (Rio de Janeiro/RJ) até dia 28/04. Em SP a patir de 07/06
- Mais informações: ingresso.com
- Pode ser comprado na bilheteria, horário de funcionamento: quartas e quintas (10h às 18h) e Sextas, Sábados e Domingos (10h às 22h); - Sem taxa de conveniência nas lojas Americanas (somente em cartão de crédito): Shopping Rio Sul e Shopping Tijuca;
- Classificação: 14 anos.
Oláaaaa, Criançaaaaaaaas! Como vocês estão? Está tudo bem? Aproveitando o lindo dia de sol? Não? Se estiver chovendo não tem problema, também dá pra se divertir!!
Enfim, esse post não é sobre o tempo - seria muito chato ler um post assim, não é? - na verdade esse post não é nem uma resenha, embora eu tenha seguido o formato inicial aqui em cima. Mas é uma forma diferente de falar sobre o enorme espetáculo que infelizmente só vai ficar no Rio por enquanto (pelo menos até o dia 28/04). É o Rock In Rio: O Musical. E não vamos julgar o pessoal que deu esse título óbvio, por favor.
Então, eu ia fazer esse post em formato aventura -nn, do tipo contando como foi a minha experiência e tudo mais. Só que vocês não precisam saber que eu quase perdi a peça, que o taxista não sabia chegar, que não tinha portão para pedestre onde ia acontecer o espetáculo, que a gente pensou ter comprado cadeiras separadas.... Isso tudo é irrelevante -q.
O que é legal contar é que antes desse musical eu tinha um preconceito imenso com ele. Eu tava no estilinho criticando antes de dar uma chance, nesse nível. Tipo preconceito mesmo. E sabem por quê? Porque assim, gente, existe o Rock in Rio em si, que por sinal é um festival de música. Pra que fazer uma peça sobre isso? Ia ficar redundante e ainda por cima não são os nossos ídolos que estão no palco. Isso sem falar no preço do ingressoO que eu vim aqui dizer (e não, não estou ganhando comissão pra isso, crianças) é que o espetáculo vale sim a pena. E não, não é um show de marketing para o RiR. Embora, evidentemente, seja sobre o RiR. Há uma história de fundo, o roteiro é ótimo e a coisa se sustenta sozinha. Acho que essa é a parte principal. O mais divertido é que dá até pra dizer que é uma sucessão de acertos. São quase 3h de duração e não é nem um pouco cansativo. São dois atos, tem um intervalinho de 15 minutos no meio, mas você já quer correr de volta para o seu lugar quando o sinal toca.
Mas sobre o que é, Igra? É só música e música?
Nãooooo, é aí que todo mundo se engana. Porque se for a música pela música, a gente encontra isso no festival em si, não é mesmo? Mas a peça é quase uma peça comum (independente) que usa o RiR como fundo. E é isso que torna a coisa tão legal.
Quanto a história, vemos como a música pode mudar a vida das pessoas. Focando em dois jovens - Sofia e Alef - descobrimos como a canção pode transformar todo mundo, e para melhor. Não tem localização geográfica ou temporal, o enredo poderia ser dos anos 90, 2000 ou até mesmo antes disso. Bem antes. O figurino varia, as pessoas parecem ter se vestido hoje em dia ou nos anos 70/80. É a geração Coca-Cola, os filhos da revolução, ou qualquer outra época que possa aparecer na sua cabeça.
Alef é um menino com traumas familiares tão fortes que ele só consegue se expressar pela música. Já Sofia odeia qualquer canção porque acredita que ela tenha sido a origem dos seus problemas. Aquela velha coisa de apostar nos opostos. São jovens como nós, como alguém que talvez você conheça, e poderíamos encontrar esse tipo de problema familiar em qualquer outro momento, em qualquer casa. E mesmo que você não se veja neles dois, tem bastante personagem no meio disso - cada um melhor que o outro - para você conseguir ver um pedaço de si mesmo ali. Principalmente o pessoal da cultura pop (que acredito que seja o maior público do blog).
Ah, mas se eu sou mais velha eu não vou gostar? Mas é claro que vai!! É aquilo que eu falei, é um espetáculo perdido no tempo. Tem música que é tipo classicão de qualquer década, podia tocar no rádio até hoje. E o toque que eles dão a cada música é digno de bater palma de pé. São 50 canções *recantadas e todas poderiam ter sido gravadas originalmente daquele jeito. Algumas até parecem vídeo clipe pronto, tamanho é o cuidado com a coreografia, com o movimento no palco, o conjunto, tudo. Tem música nacional, internacional e não sei qual foi a minha favorita nessas quase 3 horas.
*Setlist aqui.
E o preço? Vale a pena?
O preço eu acredito que seja o grande dilema da maioria das pessoas. Porque ninguém quer ver a cópia do RiR se pode comprar um ingresso por quase o mesmo valor. Mas aí é que está. Um é uma peça, o outro é um festival. São coisas diferentes, um não serve de parâmetro para o outro. E mesmo se servisse, eu ainda diria: está valendo a pena.
Entendam, ninguém precisa raspar as economias. Eu não paguei o ingresso mais caro - até porque eu não tenho condições - mas também não paguei o mais barato. O meu lugar era ótimo, e eu posso dizer pra vocês: valeu cada centavo. Não só porque eu entendo que um espetáculo desse tamanho custa dinheiro - e eles precisam de um retorno - mas porque eu realmente acho que vale o que eu paguei. E se eu tivesse condições, veria tudo de novo, porque dá vontade de voltar.
O preço eu acredito que seja o grande dilema da maioria das pessoas. Porque ninguém quer ver a cópia do RiR se pode comprar um ingresso por quase o mesmo valor. Mas aí é que está. Um é uma peça, o outro é um festival. São coisas diferentes, um não serve de parâmetro para o outro. E mesmo se servisse, eu ainda diria: está valendo a pena.
Entendam, ninguém precisa raspar as economias. Eu não paguei o ingresso mais caro - até porque eu não tenho condições - mas também não paguei o mais barato. O meu lugar era ótimo, e eu posso dizer pra vocês: valeu cada centavo. Não só porque eu entendo que um espetáculo desse tamanho custa dinheiro - e eles precisam de um retorno - mas porque eu realmente acho que vale o que eu paguei. E se eu tivesse condições, veria tudo de novo, porque dá vontade de voltar.
E você assistiu ao espetáculo? Vai assistir? Conta pra gente?
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