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Rock In Rio: O Musical

7.4.13Igraínne

por Igraínne Marques


- "Rock In Rio: O Musical"
-  Direção: João Fonseca;
- Atores: Lucinha Lins, Guilherme Leme, Hugo Bonemer, Yasmim Gomlevksy, Ícaro Silva...
Em cartaz em: Cidade das Artes (Rio de Janeiro/RJ) até dia 28/04.  Em SP a patir de 07/06
Mais informaçõesingresso.com
- Pode ser comprado na bilheteria, horário de funcionamento: quartas e quintas (10h às 18h) e Sextas, Sábados e Domingos (10h às 22h); 
Sem taxa de conveniência nas lojas Americanas (somente em cartão de crédito): Shopping Rio Sul e Shopping Tijuca;
- Classificação: 14 anos.

Oláaaaa, Criançaaaaaaaas! Como vocês estão? Está tudo bem? Aproveitando o lindo dia de sol? Não? Se estiver chovendo não tem problema, também dá pra se divertir!!

Enfim, esse post não é sobre o tempo - seria muito chato ler um post assim, não é? - na verdade esse post não é nem uma resenha, embora eu tenha seguido o formato inicial aqui em cima. Mas é uma forma diferente de falar sobre o enorme espetáculo que infelizmente só vai ficar no Rio por enquanto (pelo menos até o dia 28/04). É o Rock In Rio: O Musical. E não vamos julgar o pessoal que deu esse título óbvio, por favor.  


Então, eu ia fazer esse post em formato aventura -nn, do tipo contando como foi a minha experiência e tudo mais. Só que vocês não precisam saber que eu quase perdi a peça, que o taxista não sabia chegar, que não tinha portão para pedestre onde ia acontecer o espetáculo, que a gente pensou ter comprado cadeiras separadas.... Isso tudo é irrelevante -q.

O que é legal contar é que antes desse musical eu tinha um preconceito imenso com ele. Eu tava no estilinho criticando antes de dar uma chance, nesse nível. Tipo preconceito mesmo. E sabem por quê? Porque assim, gente, existe o Rock in Rio em si, que por sinal é um festival de música. Pra que fazer uma peça sobre isso? Ia ficar redundante e ainda por cima não são os nossos ídolos que estão no palco. Isso sem falar no preço do ingresso, que é quase o mesmo valor. Mas vamos tratar dessa parte mais tarde.

O que eu vim aqui dizer (e não, não estou ganhando comissão pra isso, crianças) é que o espetáculo vale sim a pena. E não, não é um show de marketing para o RiR. Embora, evidentemente, seja sobre o RiR. Há uma história de fundo, o roteiro é ótimo e a coisa se sustenta sozinha. Acho que essa é a parte principal. O mais divertido é que dá até pra dizer que é uma sucessão de acertos. São quase 3h de duração e não é nem um pouco cansativo. São dois atos, tem um intervalinho de 15 minutos no meio, mas você já quer correr de volta para o seu lugar quando o sinal toca.

Mas sobre o que é, Igra? É só música e música?
Nãooooo, é aí que todo mundo se engana. Porque se for a música pela música, a gente encontra isso no festival em si, não é mesmo? Mas a peça é quase uma peça comum (independente) que usa o RiR como fundo. E é isso que torna a coisa tão legal.

Quanto a história, vemos como a música pode mudar a vida das pessoas. Focando em dois jovens - Sofia e Alef - descobrimos como a canção pode transformar todo mundo, e para melhor. Não tem localização geográfica ou temporal, o enredo poderia ser dos anos 90, 2000 ou até mesmo antes disso. Bem antes. O figurino varia, as pessoas parecem ter se vestido hoje em dia ou nos anos 70/80. É a geração Coca-Cola, os filhos da revolução, ou qualquer outra época que possa aparecer na sua cabeça.


Alef é um menino com traumas familiares tão fortes que ele só consegue se expressar pela música. Já Sofia odeia qualquer canção porque acredita que ela tenha sido a origem dos seus problemas. Aquela velha coisa de apostar nos opostos. São jovens como nós, como alguém que talvez você conheça, e poderíamos encontrar esse tipo de problema familiar em qualquer outro momento, em qualquer casa. E mesmo que você não se veja neles dois, tem bastante personagem no meio disso - cada um melhor que o outro - para você conseguir ver um pedaço de si mesmo ali. Principalmente o pessoal da cultura pop (que acredito que seja o maior público do blog).

Ah, mas se eu sou mais velha eu não vou gostar? Mas é claro que vai!! É aquilo que eu falei, é um espetáculo perdido no tempo. Tem música que é tipo classicão de qualquer década, podia tocar no rádio até hoje. E o toque que eles dão a cada música é digno de bater palma de pé. São 50 canções *recantadas e todas poderiam ter sido gravadas originalmente daquele jeito. Algumas até parecem vídeo clipe pronto, tamanho é o cuidado com a coreografia, com o movimento no palco, o conjunto, tudo. Tem música nacional, internacional e não sei qual foi a minha favorita nessas quase 3 horas.
*Setlist aqui.

E o preço? Vale a pena?  
O preço eu acredito que seja o grande dilema da maioria das pessoas. Porque ninguém quer ver a cópia do RiR se pode comprar um ingresso por quase o mesmo valor. Mas aí é que está. Um é uma peça, o outro é um festival. São coisas diferentes, um não serve de parâmetro para o outro. E mesmo se servisse, eu ainda diria: está valendo a pena.

Entendam, ninguém precisa raspar as economias. Eu não paguei o ingresso mais caro - até porque eu não tenho condições - mas também não paguei o mais barato. O meu lugar era ótimo, e eu posso dizer pra vocês: valeu cada centavo. Não só porque eu entendo que um espetáculo desse tamanho custa dinheiro - e eles precisam de um retorno - mas porque eu realmente acho que vale o que eu paguei. E se eu tivesse condições, veria tudo de novo, porque dá vontade de voltar.


E você assistiu ao espetáculo? Vai assistir? Conta pra gente? 

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